Correr é uma das atividades físicas mais populares em todo o mundo, atraindo milhões de pessoas que buscam melhorar sua saúde e bem-estar. Nos Estados Unidos, por exemplo, existem cerca de 64 milhões de corredores. O fascínio por essa prática pode ser atribuído à sua simplicidade e acessibilidade. No entanto, há um crescente interesse em entender se a genética desempenha um papel significativo na habilidade de correr, especialmente em termos de velocidade e resistência.
Estudos recentes sugerem que a genética pode, de fato, influenciar o desempenho esportivo. A pesquisa sobre o “gene da velocidade” vem ganhando destaque, indicando que certas variações genéticas podem conferir vantagens a alguns indivíduos. Mas até que ponto a genética determina a capacidade de correr rápido ou por longas distâncias?
O que é o gene da velocidade?
O gene ACTN3, conhecido como o “gene da velocidade”, é responsável pela produção da proteína alfa-actinina-3, presente em fibras musculares de contração rápida. Essas fibras são fundamentais para atividades que exigem explosão e força, como corridas de velocidade. Atletas de elite frequentemente possuem uma alta concentração dessas fibras, o que lhes confere uma vantagem competitiva.
Por outro lado, as fibras de contração lenta são mais comuns em atletas de resistência, como maratonistas. Elas são eficientes no uso de oxigênio, permitindo que o corpo sustente esforços prolongados. A presença de uma ou outra fibra em maior quantidade pode ser influenciada pela genética, mas também pode ser modificada por meio de treinamento específico.

Genética ou treinamento: O que é mais importante?
Ainda que a genética ofereça uma base para o desempenho esportivo, o treinamento adequado é crucial para desenvolver o potencial de um corredor. Pesquisas indicam que menos de um terço das pessoas possui a composição genética ideal para maximizar os benefícios do treinamento. No entanto, isso não significa que aqueles sem a predisposição genética não possam alcançar altos níveis de desempenho.
O treinamento pode, de fato, alterar a composição das fibras musculares, transformando fibras de contração lenta em rápidas. Além disso, a técnica, a força e a potência são aspectos que podem ser aprimorados independentemente da genética. Portanto, enquanto a genética pode oferecer uma vantagem inicial, o esforço e a dedicação no treinamento são fundamentais para alcançar o sucesso.
Como melhorar a velocidade na corrida?
Para aqueles que desejam melhorar sua velocidade, existem várias estratégias de treinamento que podem ser adotadas. Uma delas é o treinamento em morros, que ajuda a desenvolver força e resistência. Subir e descer morros em sessões curtas e intensas pode aumentar a capacidade de aplicar força rapidamente, um aspecto crucial para correr mais rápido.
Outra técnica eficaz é o treinamento de fartlek, que envolve variações de ritmo durante a corrida. Alternar entre períodos de alta e baixa intensidade pode melhorar a capacidade aeróbica e a resistência, contribuindo para um melhor desempenho geral. Além disso, focar na técnica, como minimizar o tempo de contato com o solo e coordenar os movimentos das pernas, pode fazer uma diferença significativa.