A bola Al-Rihla, desenvolvida pela Adidas, foi um dos destaques tecnológicos da Copa do Mundo de 2022 no Catar. Conhecida por incorporar sensores avançados, a bola trouxe inovações significativas para o futebol, especialmente no que diz respeito à precisão das decisões em campo. Apesar de suas capacidades tecnológicas, algumas limitações foram evidenciadas durante o torneio, gerando discussões sobre o papel da tecnologia no esporte.
Uma das principais características da Al-Rihla é a presença de uma unidade de medição inercial (IMU) que registra os toques na bola 500 vezes por segundo. Esta tecnologia foi projetada para auxiliar na detecção de toques pouco claros e na identificação de situações de impedimento, aprimorando a qualidade e a velocidade das decisões do VAR. No entanto, a bola não possui sensores para detectar automaticamente se saiu pelas linhas que contornam o gramado, o que ficou evidente em algumas partidas.
Como funciona a tecnologia da bola Al-Rihla?
A tecnologia incorporada na bola Al-Rihla é um exemplo de como a inovação pode transformar o futebol. Os sensores internos são capazes de medir cada toque com alta precisão, fornecendo dados valiosos para os árbitros e para o sistema de assistência de vídeo, o VAR. Este sistema é particularmente útil em situações de impedimento, onde a precisão milimétrica é crucial para a tomada de decisões corretas.
Os dados coletados pelos sensores são transmitidos em tempo real para os operadores do VAR, que podem usar essas informações para esclarecer lances duvidosos. Um exemplo notável foi a decisão de atribuir um gol a Bruno Fernandes em uma partida de Portugal, após os sensores não detectarem um toque de cabeça de Cristiano Ronaldo. Este tipo de aplicação demonstra como a tecnologia pode ajudar a resolver disputas e garantir a justiça no esporte.

Por que a bola Al-Rihla não detecta saídas pelas linhas laterais?
Apesar das capacidades avançadas da Al-Rihla, a bola não está equipada para detectar automaticamente se saiu pelas linhas laterais ou de fundo. Esta limitação foi destacada durante um jogo entre Japão e Espanha, onde o VAR teve que intervir manualmente para determinar se a bola havia saído antes de um gol ser marcado. A decisão final coube aos operadores do VAR, que validaram o gol após revisar o lance.
A ausência de sensores para monitorar as linhas laterais se deve, em parte, à complexidade técnica e ao custo de implementação de tal sistema. Além disso, a tecnologia atual já representa um avanço significativo em relação ao que era possível em torneios anteriores, mesmo que ainda dependa da intervenção humana em algumas situações.
Qual é o futuro da tecnologia no futebol?
O uso de tecnologia no futebol continua a evoluir, com a expectativa de que sistemas ainda mais sofisticados sejam desenvolvidos para melhorar a precisão e a justiça nas partidas. A experiência com a bola Al-Rihla na Copa do Mundo de 2022 destaca tanto os avanços quanto as limitações atuais, apontando para áreas onde melhorias podem ser feitas.
Espera-se que futuras inovações possam incluir sensores mais abrangentes, capazes de monitorar não apenas os toques na bola, mas também sua posição em relação às linhas do campo. Até lá, a combinação de tecnologia e julgamento humano continuará a ser uma parte essencial do processo de tomada de decisão no futebol.