A realidade virtual (VR) tem revolucionado a forma como as pessoas interagem com o mundo digital, proporcionando experiências imersivas sem precedentes. No entanto, um dos desafios enfrentados por usuários de VR é a segurança física, já que tropeçar em móveis ou bater em objetos enquanto se está imerso no ambiente virtual é um risco constante. Uma nova tecnologia desenvolvida pela Ericsson, com participação do pesquisador brasileiro Alberto Hata, promete mudar esse cenário.
Esta inovação, que já se tornou uma patente da Ericsson, modifica o ambiente virtual com base na posição de obstáculos reais, garantindo que os usuários possam desfrutar de suas experiências sem interrupções ou riscos de acidentes. A solução destaca-se por sua capacidade de ajustar dinamicamente o conteúdo exibido nos óculos de realidade virtual, utilizando sensores e câmeras para mapear o espaço ao redor do usuário.
Como funciona a tecnologia de segurança em VR?
A tecnologia, chamada de “Melhoria da segurança por meio da modificação do ambiente imersivo”, atua de forma a integrar o ambiente real ao virtual. Quando um obstáculo é detectado, como uma cadeira ou uma mesa, o sistema altera o ambiente virtual para que o usuário evite o perigo sem perceber. Isso pode ser feito, por exemplo, inserindo um lago ou um abismo no jogo, desviando o usuário do caminho do obstáculo real.
Essa abordagem inovadora vai além das soluções atuais que apenas emitem alertas sonoros ou visuais. Ao modificar o próprio ambiente virtual, a tecnologia garante que a imersão não seja quebrada, proporcionando uma experiência mais fluida e natural. O objetivo é que o uso dos óculos de realidade virtual seja seguro e sem interrupções.
Como a realidade virtual impacta os esportes?
A utilização da realidade virtual nos esportes abre novas possibilidades para treinamento e aperfeiçoamento de habilidades, minimizando a exposição aos riscos físicos. Com a tecnologia de segurança avançada desenvolvida pela Ericsson, atletas podem praticar movimentos complexos em um ambiente virtual controlado, evitando lesões comuns durante os treinamentos tradicionais. Além disso, a imersão em cenários de jogos possibilita a análise detalhada de táticas e estratégias em diversos esportes, tornando os treinamentos mais eficazes e inovadores.
Quais são as implicações futuras da tecnologia?

A invenção da Ericsson é apenas uma das 250 famílias de patentes registradas pela empresa, que celebra 53 anos de atividades em Pesquisa & Desenvolvimento no Brasil. Além de sua aplicação em jogos, a tecnologia tem potencial para se expandir para outras áreas, especialmente com a crescente adoção do 5G. Isso pode abrir novas possibilidades para a realidade virtual, permitindo aplicações em setores como educação, saúde e turismo.
Com a evolução contínua da tecnologia, espera-se que as experiências em realidade virtual se tornem cada vez mais seguras e acessíveis, eliminando barreiras físicas e proporcionando novas formas de interação com o mundo digital.
Como a realidade virtual pode beneficiar diferentes setores?
A realidade virtual, com suas capacidades imersivas aprimoradas, tem o potencial de transformar diversos setores. Na educação, por exemplo, pode oferecer aulas interativas e práticas em ambientes simulados. Na saúde, pode ser utilizada para treinamentos médicos ou terapias imersivas. No turismo, pode proporcionar visitas virtuais a locais distantes, oferecendo uma experiência rica e detalhada sem a necessidade de deslocamento físico.
À medida que a tecnologia avança, a integração da realidade virtual com o mundo real se tornará cada vez mais sofisticada, permitindo que as pessoas explorem novas formas de interação e aprendizado. A segurança aprimorada, como a oferecida pela patente da Ericsson, será fundamental para garantir que essas experiências sejam não apenas envolventes, mas também seguras.