Com o avanço da tecnologia, a inteligência artificial (IA) tem se tornado uma ferramenta cada vez mais presente no cotidiano, facilitando diversas tarefas. Entre as suas aplicações, algumas pessoas têm utilizado assistentes virtuais, como o ChatGPT, para criar dietas personalizadas. No entanto, essa prática levanta preocupações entre profissionais de saúde, que alertam sobre os riscos de seguir um plano alimentar elaborado por IA sem a supervisão de um nutricionista.
O caso de jovens de 22 anos, ilustra essa tendência. Ele utilizou o ChatGPT para montar uma dieta de 2800 calorias, sem fornecer informações essenciais como peso, altura e condições de saúde. Embora a ideia de obter uma dieta de forma rápida e prática seja atraente, especialistas enfatizam a importância de uma abordagem personalizada e supervisionada por profissionais qualificados.
É seguro montar uma dieta com o ChatGPT?
O uso do ChatGPT para criar dietas levanta questões sobre a segurança e eficácia desse método. A nutricionista Alice Paiva destaca que, embora a IA possa fornecer informações gerais, ela não substitui a avaliação detalhada que um nutricionista realiza. A criação de um plano alimentar eficaz requer uma compreensão completa do histórico médico, preferências alimentares e objetivos específicos de cada indivíduo.
Vanessa Costa, também nutricionista, acrescenta que o ChatGPT gera respostas baseadas em informações disponíveis online, o que pode resultar em recomendações genéricas e imprecisas. A IA não considera fatores como intolerâncias alimentares, alergias ou objetivos pessoais, o que pode comprometer a saúde do usuário.

Quais são os riscos de seguir uma dieta de IA?
Seguir uma dieta criada por inteligência artificial sem orientação profissional pode trazer riscos significativos. Vanessa Costa explica que, sem informações sobre a condição clínica e necessidades reais do usuário, a IA pode fornecer planos alimentares inadequados. Além disso, há o risco de informações desatualizadas ou imprecisas, sem a supervisão necessária para ajustes conforme necessário.
Alice Paiva alerta que a falta de personalização e acompanhamento contínuo pode dificultar a adesão a longo prazo. Um nutricionista pode adaptar a dieta com base no progresso do paciente, oferecendo suporte emocional e motivacional, algo que a IA não consegue proporcionar.
Diferenças entre nutricionistas e assistentes virtuais
A principal diferença entre um plano alimentar elaborado por um nutricionista e um gerado por IA é a personalização. Nutricionistas avaliam sinais e sintomas, exames físicos, histórico de saúde e preferências alimentares para criar um cardápio individualizado. Além disso, consideram fatores externos como o tipo de trabalho, contexto social e padrões culturais.
Vanessa Costa, especialista em Nutrição Estética, ressalta que a melhor dieta é aquela que o paciente pode seguir a longo prazo. O acompanhamento contínuo de um profissional permite ajustes conforme as mudanças físicas e psicológicas do paciente, garantindo melhores resultados de saúde.
Em resumo, enquanto a inteligência artificial pode ser uma ferramenta útil para fornecer informações gerais, a criação de uma dieta personalizada e segura requer a expertise de um nutricionista. A supervisão profissional é essencial para garantir que o plano alimentar atenda às necessidades específicas de cada indivíduo, promovendo saúde e bem-estar a longo prazo.