O ronco é um fenômeno comum que afeta uma grande parcela da população, causando desconforto tanto para quem ronca quanto para quem compartilha o ambiente. Estudos indicam que cerca de 42% dos habitantes de São Paulo sofrem com esse problema. O ronco ocorre devido à vibração dos tecidos da faringe, resultante de uma obstrução parcial das vias aéreas superiores. Embora não seja uma doença em si, o ronco pode ser um sintoma de condições mais sérias, como a apneia obstrutiva do sono (AOS).
A apneia do sono é caracterizada por pausas na respiração durante o sono, que podem durar dez segundos ou mais. Essa condição pode ocorrer várias vezes por hora, sem que a pessoa desperte. A apneia é diagnosticada através de um exame chamado polissonografia, que monitora as alterações durante o sono. A partir de um nível moderado, a apneia pode reduzir a oxigenação cerebral, aumentando o risco de problemas cardiovasculares e metabólicos, como hipertensão, infarto, AVC e diabetes.
Quais são os fatores que contribuem para o ronco?
O ronco e a apneia do sono podem ser influenciados por fatores genéticos e ambientais. Homens tendem a roncar mais do que mulheres devido a características anatômicas, como uma faringe mais longa. A obesidade é outro fator de risco significativo, pois o acúmulo de gordura no pescoço e na língua pode obstruir as vias aéreas. Além disso, o bruxismo, que é o ato de ranger os dentes durante o sono, pode agravar o ronco, especialmente quando a pessoa usa uma placa dental que facilita a respiração pela boca.

Como reduzir o ronco e melhorar a qualidade do sono?
Existem várias estratégias para minimizar o ronco e melhorar a qualidade do sono. Dormir de lado pode ajudar, pois evita que a língua obstrua a faringe. Perder peso, evitar o consumo excessivo de álcool e cigarros também são medidas eficazes, pois o álcool relaxa os músculos da região e o cigarro irrita as vias aéreas. É importante destacar que a intensidade do ronco não está diretamente relacionada à gravidade de uma condição médica, mas sim à estrutura da faringe.
Quais são os tratamentos disponíveis para o ronco?
Há uma variedade de tratamentos disponíveis para o ronco, que visam tanto a redução do ruído quanto a melhoria da saúde geral. A fonoterapia é uma opção recomendada, pois fortalece a musculatura da faringe. Cirurgias, como a faringoplastia, podem ser indicadas para pacientes com anatomia favorável. Outros dispositivos, como faixas antirronco, coletes que impedem dormir de barriga para cima e o aparelho CPAP, que melhora a oxigenação, também são utilizados.
O spray nasal Roncolliv é eficaz contra o ronco?
Recentemente, um novo produto brasileiro, o spray nasal Roncolliv, foi lançado com a promessa de reduzir o ronco. Seu principal componente, o polisorbato, atua como lubrificante das vias aéreas, facilitando a passagem de ar. O uso contínuo do spray por um mês pode trazer resultados, com aplicações diárias antes de dormir. No entanto, é importante lembrar que o spray alivia o sintoma, mas não trata a causa subjacente do ronco. A eficácia do produto pode variar dependendo da origem do ronco, como obesidade ou fatores anatômicos.