A Fórmula E, desde sua criação, tem se destacado por sua alta competitividade. Lucas di Grassi, um dos fundadores da categoria e piloto brasileiro, destacou que esse equilíbrio está intimamente ligado à competição entre os carros e à liberdade técnica dada às equipes. Segundo ele, a diferença mínima entre os veículos é essencial para garantir disputas acirradas.
Di Grassi explica que o desafio está em encontrar um ponto de equilíbrio entre permitir inovações técnicas e manter a competitividade. Na Fórmula E, cada montadora pode desenvolver seu próprio powertrain, enquanto componentes como chassi e bateria são padronizados. Isso resulta em uma categoria onde a diferença de desempenho entre os carros é mínima.
Como a Fórmula E estimula a inovação tecnológica?
O modelo adotado pela Fórmula E, que permite a personalização do powertrain, é um dos fatores que impulsionam a inovação tecnológica. As equipes têm a liberdade de desenvolver motores, inversores e sistemas de transmissão próprios, o que promove um ambiente de constante evolução tecnológica.
Essa abordagem garante que, apesar das diferenças nos powertrains, o restante do carro seja uniforme, promovendo igualdade entre os competidores. Isso não apenas nivela o campo de competição, mas também incentiva as montadoras a buscar soluções inovadoras para se destacarem na pista.

Quais são as diferenças entre Fórmula 1 e Fórmula E?
Lucas di Grassi também abordou as diferenças fundamentais entre a Fórmula 1 e a Fórmula E. A principal distinção está no tipo de propulsão: enquanto a Fórmula 1 utiliza motores a combustão, a Fórmula E é movida por motores elétricos alimentados por baterias. Além disso, a tração dos veículos também varia, sendo traseira na Fórmula 1 e nas quatro rodas na Fórmula E.
Essas diferenças impactam diretamente no desempenho dos carros. Por exemplo, um Fórmula E acelera de 0 a 100 km/h em 1,9 segundo, enquanto um Fórmula 1 leva cerca de 2,3 segundos. No entanto, a velocidade máxima do Fórmula 1 é superior, atingindo até 350 km/h, comparado aos 300 km/h da Fórmula E.
O futuro da Fórmula E e seu impacto no automobilismo
Com a crescente preocupação ambiental e a busca por soluções sustentáveis, a Fórmula E tem ganhado destaque no cenário automobilístico. A categoria não apenas promove a inovação tecnológica, mas também serve como um laboratório para o desenvolvimento de tecnologias que podem ser aplicadas em veículos de uso diário.
O sucesso da Fórmula E pode influenciar outras categorias a adotarem práticas mais sustentáveis e inovadoras. À medida que a tecnologia avança, é provável que as diferenças entre os carros de corrida elétricos e a combustão se tornem ainda mais pronunciadas, moldando o futuro do automobilismo.