A inteligência artificial (IA) está se tornando uma ferramenta essencial no mundo esportivo, revolucionando a forma como atletas são descobertos e treinados. Nos Jogos Olímpicos da Juventude Dacar 2026, a IA desempenha um papel crucial na identificação de talentos esportivos. O Senegal, por exemplo, tem utilizado essa tecnologia para detectar jovens promissores, colaborando com 25 federações nacionais e avaliando mil jovens atletas.
O uso de IA permite a análise de dados de desempenho de atletas de elite, ajudando a identificar características que podem indicar potencial esportivo. Este processo envolve a comparação de vídeos de performances antigas e a aplicação de ciência de dados para entender o que torna um atleta de elite. A tecnologia, portanto, não apenas identifica talentos, mas também ajuda a otimizar o treinamento e o desenvolvimento dos atletas.
Como a Inteligência Artificial está transformando a detecção de talentos?
O Comitê Olímpico Internacional (COI) está utilizando IA para detectar futuros atletas olímpicos no Senegal, empregando dispositivos móveis como celulares e tablets. Essa tecnologia permite que jovens realizem exercícios simples, enquanto a IA analisa seus movimentos para identificar potenciais talentos. Este método inovador democratiza o acesso ao esporte, permitindo que países com menos recursos esportivos descubram e desenvolvam seus atletas.
O objetivo é que, até 2025, essa tecnologia esteja disponível globalmente, integrada ao aplicativo oficial dos Jogos Olímpicos. Isso permitirá que qualquer país utilize a IA para identificar talentos em qualquer local, não apenas em instalações esportivas. A coleta de dados estatísticos sobre jovens atletas ajudará os comitês olímpicos nacionais a direcionar seus esforços e recursos de forma mais eficaz.

Qual o impacto da IA na arbitragem esportiva?
A inteligência artificial também está transformando a arbitragem em esportes como o tênis e a ginástica artística. No tênis, por exemplo, o uso de VAR e sensores de quadra substituiu os árbitros de linha em torneios como Wimbledon. Esses sensores não apenas ajudam na arbitragem, mas também fornecem dados em tempo real para os torcedores, como a probabilidade de vitória de cada jogador.
Na ginástica artística, a IA auxilia os juízes na revisão de movimentos, aumentando a precisão das avaliações. Sensores 3D mapeiam os movimentos dos atletas, permitindo uma análise detalhada de ângulos e tempos de execução. Embora a substituição completa dos árbitros humanos ainda não seja uma realidade, a IA já desempenha um papel de suporte significativo, especialmente em aspectos técnicos que são difíceis de avaliar a olho nu.
Robôs e IA no treinamento de atletas olímpicos
A Coreia do Sul exemplifica o uso avançado de IA no treinamento esportivo, especialmente no tiro com arco. Eles desenvolveram um robô que simula as características de atletas de elite, como o brasileiro Marcus D’Almeida, número um do ranking mundial. Este robô é capaz de reproduzir o tempo e a precisão de tiro de um atleta humano, oferecendo um adversário de treino altamente eficaz.
O uso de robôs no treinamento esportivo oferece vantagens significativas, como a capacidade de manter o sigilo sobre as estratégias de treinamento. A Coreia do Sul, por exemplo, utilizou essa tecnologia em segredo antes das Olimpíadas de Paris, revelando-a apenas após o evento. Essa abordagem inovadora demonstra como a IA pode ser utilizada para obter uma vantagem competitiva significativa no esporte.