Segunda semana promete ser melhor do que a primeira para Brasil no Pan

Delegação poderá conquistar mais medalhas na reta final de competições. Entre 4 e 11 de agosto, calendário do evento prevê 36 modalidades em ação, contra 26 da primeira semana

Com delegação forte, Time Brasil mira medalhas e vagas para Tóquio 2020 no Pan de Lima
Brasil tem uma delegação de 486 atletas no Pan de Lima (Foto: Divulgação/COB)

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O torcedor que for acompanhar o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Lima pode se preparar para comemorar mais medalhas do país na segunda semana da competição. A forma com que foi construído o calendário do Pan acabou privilegiando a parte final dos Jogos.

Números divulgados pelo próprio COB (Comitê Olímpico do Brasil) mostram que a segunda semana será aquela com maior número de modalidades competindo em Lima, 36 no total. No caso específico do Brasil, as modalidades mais tradicionais estarão em ação, como atletismo, natação, judô e vela. Na largada do Pan, cuja abertura oficial será nesta sexta-feira e até 3 de agosto, serão disputadas 26 modalidades.

A “semana cheia” do Brasil não deverá influenciar na projeção que o COB faz internamente sobre a quantidade de medalhas que serão conquistadas. Oficialmente, a entidade não divulga esta projeção, mantendo o discurso de que em Lima, o foco é brigar pelo maior número de vagas olímpicas possíveis.

Ainda assim, não se pode descartar a possibilidade de o Brasil ter em Lima sua melhor participação na história dos Jogos em número total de medalhas. Até hoje, o recorde de conquistas pertence à edição de 2007, realizada no Rio de Janeiro, quando os brasileiros ficaram com um total de 157 medalhas. Foi também o recorde de ouros (52).

– Avaliamos como o quadro de medalhas tem se mantido nos últimos quatro Jogos. Estamos mantendo uma posição sempre no terceiro lugar e o fiel da balança tem sido o Canadá, que nas últimas quatro edições foi de segundo a quinto. Temos um potencial de fazermos uma apresentação muito boa, mas é difícil prever que será o melhor da história – disse Jorge Bichara, diretor de esportes do COB.

Segundo ele, o que dificulta essa análise são os critérios de comparação.

– Quando você compara histórias, você precisa comparar a quantidade de provas em disputa. Assim, percentualmente dá para ver se o resultado foi bom. Em números absolutos, podemos sair com o melhor resultado de todos os tempos. Só que quando você olha o número de provas em disputa, há uma distorção. A gente pode, por exemplo, superar o número de medalhas de Toronto (141), mas não significar uma melhora geral – explicou Bichara.

Mais mulheres

A delegação brasileira que está em Lima tem pela primeira vez um aumento na presença feminina. Competirão 236 mulheres contra 249 homens, com uma proporção feminina na equipe de 48,66% e 51,34% masculina. É o maior número em comparação com as duas últimas edições. Nos Jogos de Guadalajara-2011, as mulheres representaram 45% da delegação e em Toronto-2015, este número chegou a 47,6%.

Os Jogos de Lima-2019 também terão a presença de 11 medalhistas olímpicos do Brasil. São eles Mayra Aguiar e Rafaela Silva, do judô; Martine Grael e Kahena Kunze, da vela; Rosângela Santos e Thiago Braz, do atletismo; Isaquias Queiroz e Erlon Souza, da canoagem velocidade; Arthur Zanetti e Arthur Nory, da ginástica artística; e Maicon Andrade, do taekwondo.

Principais duelos

O COB também listou aqueles que, em sua opinião, serão os principais duelos entre as modalidades programadas no Pan-Americano. No atletismo, por exemplo, estão as provas de velocidade, tendo como maiores rivais Estados Unidos, Jamaica, Trinidad&Tobago, Cuba, Colômbia e Equador. No handebol (masculino e feminino), os duelos contra a Argentina prometem ser os mais relevantes.

O judô terá Cuba como principal adversária em suas diversas categorias, enquanto na natação, o Brasil deverá disputar com Canadá e Estados Unidos no quadro de medalhas da modalidade.

Individualmente, o COB apontou, por exemplo, que na maratona aquática, Ana Marcela Cunha terá como maior rival a equatoriana Samantha Arevalo. Isaquias Queiroz, principal nome da canoagem de velocidade, terá trabalho com canoístas de Cuba e Canadá. No ciclismo mountain bike, Henrique Avancini, melhor brasileiro no ranking mundial (3º), vai precisar se preocupar com os rivais do México e Canadá.

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