Peres não se conforma com punição ao Santos e vê Liberta ‘contaminada’

Presidente do Peixe falou com a imprensa na zona mista do Pacaembu antes do duelo contra o Independiente e não descartou a possibilidade de tentar parar a competição

Peres - Santos
Peres disse que pode apelar para medidas drásticas para buscar justiça para o Santos (Foto: Ana Canhedo)

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Horas depois de a Conmebol tomar a decisão de punir o Santos pela escalação irregular de Carlos Sánchez, na partida de ida das oitavas de final da Copa Libertadores, o presidente José Carlos Peres se pronunciou sobre o caso na zona mista do Pacaembu antes do duelo desta noite, e promete medidas mais drásticas para buscar justiça para o clube e reverter o veredicto.

Peres, evidentemente, não se mostrou feliz com a decisão da entidade de declarar derrota por 3 a 0 como punição por aquilo que consideraram como a escalação irregular de Sánchez, que estaria suspenso e não poderia ter entrado em campo na Argentina. O mandatário santista disse que vai tentar paralisar a competição, se for preciso e vai usar o argumento de o River Plate não ter sido punido na mesma medida.

- Se for o caso, vamos parar e ver o procedimento. Competição contaminada tem que parar. Nós vamos direto para o CAS, a gente vai direto na Fifa, lá tem três processos contra a Conmebol. Se for possível paralisar essa competição, porque ela está desmoralizada. A partir do momento que pune um clube, que cometeu o mesmo erro, se é que cometeu o erro, do River Plate, que depois de oito partidas foi liberado, e o Santos não foi liberado, eles alegam que há 24 horas para a denúncia, quer dizer, outra coisa absurda, se passa das 24h você pode ter cometido o pecado que for, você está liberado - esbravejou.

Indignado com o rumos que o caso tomou, Peres novamente citou o caso do River Plate como parâmetro, já que Zuculini atuou por oito jogos da competição de forma irregular até descobrirem que estava suspenso. Segundo o dirigente, a culpa da situação é toda da Conmebol.

- O River Plate fez isso, fez uma consulta, olharam o sistema, liberaram o jogador, depois de oito partidas descobriram que o jogador estava punido, aí mostraram a carta, quer dizer, eles também erram. No caso do Santos eles erraram sim, porque um erro não justifica o outro, se é que houve nosso erro. Eu acho que não houve. A partir do momento em que o delegado da Conmebol entra no vestiário e chama jogador por jogador, nós temos as gravações, e dizendo que o jogador está em ordem, que ele pode atuar, não tenho a menor dúvida de que o erro foi da Conmebol - analisou.

O presidente do Santos também explicou um pouco de como foi o julgamento na Conmebol que culminou na punição ao clube. Para ele, a entidade fez uma encenação e está dominada por argentinos.

- Não tenho a menor dúvida de que os argentinos estão dominando a Conmebol, a gente sentiu, foi um teatro, estivemos num julgamento de quatro horas e meia. Era um teatro e eles concordavam com tudo, e no final tomaram uma decisão contrária. Hoje quem está mandando na Conmebol são os argentinos - concluiu.

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