Ex-árbitros discordam entre si em análise de expulsão de Rafael, do São Paulo
Tricolor Paulista acabou eliminado da Copa do Brasil

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O São Paulo foi eliminado para o Athletico na Copa do Brasil, nesta quarta-feira (6), depois de uma disputa de pênaltis desastrosa para o Tricolor. O lance que marcou a partida foi a expulsão do goleiro Rafael, logo no começo do jogo. Especialistas de arbitragem discordaram entre si ao analisar a polêmica.
O cronômetro marcava quatro minutos de partida, quando o arqueiro do São Paulo parou um avanço do atacante Viveros. Rafael era o último homem da defesa e parou o atacante adversário fora da área. Sem hesitar o árbitro Felipe Fernandes de Lima expulsou o goleiro.
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Para Carlos Eugênio Simon, existe um toque do goleiro Rafael no atacante. Já para Renata Ruel, não tem como ver esse detalhe no lance. A expulsão de Rafael foi determinante para a eliminação do São Paulo. Veja o que os ex-árbitros falaram.
- É um lance complicado. Para mim, houve o toque do Rafael no bico da chuteira do Viveros, impedindo uma clara e manifesta possibilidade de gol. Se não tivesse o toque, era muito fácil o VAR chamar, mas houve - declarou Carlos Eugênio Simon sobre a expulsão de Rafael, do São Paulo.
- Pelas imagens que nós temos, eu não consigo garantir que há um toque do Rafael no atacante. Se não há um toque, não há infração - opinou Renata Ruel sobre o lance.

Expulsão de Rafael e mais: como foi a eliminação do São Paulo
O jogo começou pegando fogo. Com apenas três minutos de bola rolando, o goleiro Rafael foi expulso após cometer falta em Viveros. Um dos destaques do São Paulo na temporada, o goleiro deixou o gramado sob protestos e gerou bastante discussão.
A principal polêmica ficou por conta da dúvida se houve, de fato, o contato com o jogador do Athletico. Alguns jogadores do Tricolor contestaram a marcação, alegando que Rafael não tocou no adversário. Ainda assim, a arbitragem manteve a decisão.
Com um a menos desde o início, o técnico Hernán Crespo foi obrigado a mexer: Rodriguinho saiu para a entrada de Jandrei, e o Tricolor teve que encarar o restante da partida em desvantagem numérica.
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O jogo intensificou. O Athletico tentava avançar e aproveitar que estava com mais jogadores em campo. O São Paulo tinha uma resposta inversa. Para abaixar o ritmo e manter a vantagem de um gol, o time de Hernán Crespo trocava passes na defesa e tentava recuar.
Perto dos 20 minutos do primeiro tempo, o jogo ficou parado mais uma vez. Viveros recebeu um passe e participou de uma dividida com Arboleda. A reclamação surgiu, Viveros alegava que o equatoriano havia encostado a mão na bola. O clima esquentou, discussão dos dois lados. De um, nomes como Léo Pelé e Patrick argumentavam com personagens do São Paulo, como Luciano e Cédric. O VAR analisou, mas nada foi marcado. Na Arena da Baixada, a torcida protestava contra o juiz.
Em uma partida marcada por caos e confusão, bastaram mais quatro minutos para o clima voltar a esquentar. Viveros, novamente como protagonista, se envolveu em uma discussão com Enzo Díaz. A arbitragem conteve os ânimos e puniu o atacante do Athletico com cartão amarelo.
Em vantagem numérica, o Furacão teve posse de bola e volume de jogo, mas não conseguiu criar nenhuma chance clara. A equipe rubro-negra apostava em cruzamentos e bolas longas, o que facilitava a defesa tricolor para controlar e também conseguir parar a partida com a famosa cera em momentos de maior pressão.
Na volta do intervalo, o Athletico voltou com o atacante Leozinho na vaga do lateral-esquerdo Léo Derik e passou a ser mais perigoso pelo lado direito do ataque. Em ao menos três vezes, ele arrancou, entrou na área e cruzou, mas nenhum atleticano conseguiu finalizar.
O gol do Furacão, contudo, saiu em jogada pelo lado esquerdo. O atacante Renan Peixoto, que entrou durante a segunda etapa no lugar do lateral-direito Kauã Moraes, evitou a saída pela linha de fundo e tocou para Mendoza. O colombiano rolou para a chegada de Esquivel, que ajeitou e bateu cruzado para abrir o placar. 1 a 0, aos 23 minutos.
O Athletico tentou marcar o gol da classificação no tempo normal e teve duas chances para isso. A primeira foi em lançamento de Leozinho para Renan Peixoto, que disputou com Jandrei, e a bola sobrou para Dudu, com o gol livre perto do bico da área, isolar na finalização. Pouco depois, Leozinho passou fácil mais uma vez por Enzo Díaz e cruzou para Renan Peixoto cabecear em cima do goleiro.
Acuado, o São Paulo mal passava do meio de campo e só teve oportunidade nos acréscimos. Jandrei fez lançamento longo, Esquivel falhou ao tirar, e Ferraresi foi travado por Santos na hora de finalizar.
Pênaltis: Athletico 3x0 São Paulo
As cobranças começaram com Giuliano abrindo placar para o Athletico. Sabino bateu a primeira do São Paulo e parou no goleiro Santos. Esquivel converteu para o Furacão, e Santos novamente defendeu, dessa vez em batida de Gonzalo Tapia. Depois, Mendoza cobrou e fez o terceiro do Athletico, que viu Santos pegar a penalidade de Jandrei para a festa de mais de 30 mil torcedores presentes na Arena.
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