Time brasileiro de vela para 2016 terá incentivo de heróis do passado
Velejadores convocados contarão com medalhistas como padrinhos durante a preparação
A equipe brasileira de vela que disputará os Jogos Olímpicos Rio-2016 foi apresentada oficialmente nesta segunda-feira, no Morro da Urca, no Rio de Janeiro. O evento contou com uma homenagem aos medalhistas que "desbravaram" o esporte no passado e trouxe uma novidade. Ex-atletas serão padrinhos dos atuais convocados na empreitada por pódios em casa.
Durante a cerimônia, os representantes do Brasil nos Jogos de 2016 receberam um diploma com a convocação. A presença dos padrinhos é mais uma forma de manter viva a memória da modalidade e incentivar a geração atual. Mas os atletas sabem que poderão contar com uma ajuda dos veteranos sempre que precisarem.
– Vejo como um incentivo, mas temos certeza de que o canal estará sempre aberto para conversar. Quando alguém precisar de uma ajuda ou um conselho pode falar com um Lars (Grael) ou um Alex Welter, que esses caras estarão felizes em contribuir – disse Robert Scheidt, maior medalhista olímpico brasileiro, com seus láureas.
Esporte com maior número de ouros do Brasil em Olimpíadas, a vela é sempre cercada de expectativas por resultados. Até hoje, foram 17 láureas, sendo seis douradas, três de prata e oito de bronze. Os primeiros a subirem ao pódio foram Burkhard Cordes e Reinaldo Conrad, da Flying Dutchman, na Cidade do México (MEX), em 1968, com um terceiro lugar. O primeiro não pôde comparecer, mas gravou um vídeo de incentivo à equipe brasileira e foi lembrado pelos presentes.
– Todos esses heróis construíram a vela brasileira em uma época em que não havia apoio financeiro, quando não tínhamos os melhores equipamentos, não havia o incentivo e o profissionalismo que existe hoje. Eles competiram contra países mais ricos e abriram caminho para as vitórias do nosso time – disse o presidente da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), Marco Aurélio de Sá Ribeiro.
Os medalhistas olímpicos receberam da entidade um troféu em homenagem às conquistas em suas carreiras. E para quem é supersticioso, dá para esperar um bom desempenho em 2016.
– As Olimpíadas com final de número 2 não foram muito favoráveis à vela brasileira. Não tivemos medalha em 1952, 1972 e 1992. Em 2012, só tivemos porque Bruno (Prada) e Robert furaram o bloqueio. Porém, em 1996, tivemos o melhor desempenho da história, com dois ouros e um bronze. Em 1976, também (bronze de Reinaldo Conrad e Peter Ficker na classe Flying Dutchman) – lembrou Marcelo Ferreira, ouro em Atlanta (1996) e Atenas (2004) e prata em Sidney (2000), sempre ao lado de Robert Scheidt, na Star.
Os convocados foram definidos por indicação da Confederação Brasileira de Vela (CBVela) após uma análise de desempenho nos últimos dois anos. Em algumas classes, o somatório de resultados em competições levou à decisão final. Todos os nomes já eram conhecidos desde o último domingo, dia em que Samuel Albrecht e Isabel Swan, da estreante classe Nacra 17, asseguraram vaga na Copa Brasil ao despacharem João Bulhões e Gabriela Nicolino.
Os convocados e seus padrinhos
Laser
Robert Scheidt (Alex Welter e Lars Bjorkström)
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Laser Radial
Fernanda Decnop (Ronaldo Senfft)
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49er
Marco Grael e Gabriel Borges (Torben Grael e Nelson Falcão)
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49erFX
Martine Grael e Kahena Kunze (Torben Grael, Lars Grael e Daniel Adler)
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Finn
Jorge Zarif (Bruno Prada e Peter Ficker)
470 feminina
Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan (Reinaldo Conrad e Burkhard Cordes)
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470 masculina
Henrique Haddad e Bruno Bethlem (Eduardo Penido e Kiko Pelicano)
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Nacra 17
Samuel Albrecht e Isabel Swan (Lars Grael e Clinio de Freitas)
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RS:X feminina
Patricia Freitas (Marcos Soares)
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RS:X masculina
Ricardo Winicki (Marcelo Ferreira)
