Os comandantes! Confira estatísticas dos técnicos que brigam pelo título do Brasileirão

Com o Brasileirão completamente aberto na reta final, seis técnicos lutam pela glória nacional: Abel Ferreira, Tiago Nunes, Renato Gaúcho, Pedro Caixinha, Felipão e Tite. Vivendo diferentes momentos e com grandes elencos à disposição, os treinadores focam seus objetivos no título do Campeonato Brasileiro. E aí, qual a sua aposta na batalha dos misters?

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ABEL FERREIRA

Ídolo incontestável na história do Palmeiras, Abel Ferreira quer conduzir o Alviverde ao décimo segundo título do Brasileirão. O time é o líder da competição, com 62 pontos conquistados, e segundo números do Departamento de Matemática da UFMG, tem 45.4% de chances de erguer o troféu ao final da 38ª rodada.

Abel e Palmeiras têm a melhor campanha do Brasileiro como mandante: são 38 pontos conquistados em 51 possíveis. Além disso, o time tem o segundo melhor ataque, com 56 gols, e a quarta melhor defesa, vazada apenas 30 vezes no campeonato.

A campanha do Porco no Brasileiro é digna de liderança pela constância. Até aqui, o Palmeiras só teve uma sequência negativa longa no campeonato: as quatro derrotas consecutivas para Grêmio, RB Bragantino, Santos e Atlético-MG.

Atualmente, Abel Ferreira e seus comandados têm seis vitórias nos últimos sete jogos.

TIAGO NUNES

Tiago Nunes é o único que não pode ser avaliado pelo momento. O treinador ainda vai estrear no comando do Botafogo, que faz um turbulento segundo turno.

Após a ida de Luis Castro para a Arábia Saudita, o desempenho do Fogão caiu vertiginosamente. Para quem foi capaz de conquistar o melhor primeiro turno da história dos pontos corridos, o Botafogo faz hoje, a quarta pior campanha da segunda metade do campeonato. Além de confiar no trabalho do novo mister, o Botafogo se agarra nos 28% de chances de título brasileiro.

Com Castro e Caçapa, o Botafogo chegou à 16ª rodada do Brasileiro com 13 vitórias em 15 jogos. O aproveitamento espetacular caiu com a chegada de Bruno Lage, que só venceu dois jogos na sua curta passagem de menos de dois meses por General Severiano. Mesmo assim, o Botafogo seguia com conforto na liderança.

A derrocada aconteceu com Lúcio Flávio: mesmo com voto de confiança no clube, o ex-jogador do Glorioso perdeu quatro jogos em sete e deixou a liderança escapar entre os dedos.

Tiago assume o Botafogo prometendo colocar ordem na casa e acreditando, acima de tudo, no título brasileiro. A temporada de maior sucesso nacional do treinador foi em 2019, quando deixou o Athletico na quinta colocação do Brasileiro e venceu a Copa do Brasil. Um ano antes, ele levantou a taça da Copa Sul-Americana com o Furacão.

RENATO GAÚCHO

Campeão da Copa do Brasil e da Libertadores com o Grêmio, Renato Gaúcho nunca escondeu a preferência pelas copas. Porém, 2023 pode ser diferente. O Grêmio é o terceiro colocado, três pontos atrás do líder Palmeiras e com 6,4% de chances de terminar o campeonato com o troféu.

O Grêmio de Renato e Luis Suárez é dono do melhor ataque do Brasileirão, com 57 gols marcados. Na parte de trás, o Imortal ainda precisa de ajustes: o time tem a quarta pior defesa do campeonato, com 50 gols sofridos.

Apesar da derrota na rodada passada, o Tricolor é o segundo melhor mandante do campeonato e se agarra na arrancada do time nas últimas rodadas: são cinco vitórias nos últimos seis jogos.

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PEDRO CAIXINHA

Pedro Caixinha é o comandante da sensação do Brasileirão, o RB Bragantino. Assim como Abel e Renato, o português comanda sua equipe desde o início do Brasileiro, mas é o treinador com menos derrotas. Em 33 jogos até aqui, o Massa Bruta só saiu derrotado em seis.

Acostumada a somar pontos, a equipe tem um jogo atrasado para cumprir, por isso, conta com 15,9% de chances de título, mesmo que esteja atrás do Grêmio na tabela.

Assim como Abel Ferreira, o trabalho do compatriota Pedro Caixinha é muito estável. O RB Bragantino nunca perdeu duas vezes seguidas no Brasileirão e acumula sequências invictas. A maior delas aconteceu entre as rodadas 21 e 27: foram seis vitórias e dois empates em oito jogos.

Os caminhos da campanha acima da média passam pela solidez defensiva. O Massa Bruta tem a terceira melhor defesa entre os times do Brasileirão, com apenas 29 gols sofridos.

FELIPÃO

Felipão assumiu o Atlético-MG na 11ª rodada, após a demissão de Coudet, hoje no Inter. Mesmo com uma sequência inicial de sete jogos sem vitória, Scolari colocou o Galo nos trilhos a partir do segundo turno. Com 66% de aproveitamento, o atual momento do time é bom a ponto de colocar o Atlético como um dos postulantes à taça.

As chances são, de fato, pequenas: apenas 0,83%. O mais impressionante é que as únicas derrotas de Felipão no segundo turno foram para equipes que brigam na parte de baixo da tabela: Vasco, Coritiba e Cruzeiro. Fora os três tropeços, são nove vitórias e três empates.

Além da melhor defesa do campeonato, com 28 gols sofridos, o Atlético conta com um poder de fogo impressionante no ataque: Paulinho e Hulk fizeram 30 dos 43 gols do Atlético-MG no Brasileirão.

TITE

O recorte de Tite no Flamengo é bem menor em comparação aos campeonatos de Abel Ferreira e Renato Gaúcho, por exemplo. São quatro vitórias em sete jogos no retorno ao futebol de clubes. O Flamengo é o sexto colocado, e assim como o Bragantino, por ter um jogo a menos, carrega um percentual de título um pouco maior: 3,4%.

Nos sete jogos com o ex-treinador da Seleção Brasileira, o Flamengo marcou 12 gols e sofreu seis. Atualmente, a o time de Tite vive sequência de três jogos invictos. De fato, as chances de taça do Fla poderiam estar maiores se não fossem os tropeços contra Santos, Fluminense e Grêmio.

A grande esperança para os flamenguistas é a partida atrasada contra o RB Bragantino, no Maracanã. Se vencer o confronto direto em casa, o Fla ultrapassa o Massa Bruta e ganha um novo gás na corrida pela nona taça do Brasileirão.

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