Gestantes podem correr? Especialista Gizele Monteiro faz algumas recomendações

Cuidadora da saúde física de mães, Gizele Monteiro fez ressalvas e pontuou melhores maneiras de dar continuidade ao exercício na gestação

Gizele Monteiro orienta uma gestante na esteira. (Divulgação)
Gizele Monteiro orienta uma gestante na esteira. (Divulgação)

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A fase da gestação envolve cuidados especiais e várias dúvidas surgem ao longo do processo. Entre elas, a corrida como opção de esporte na gravidez é uma das interrogações que passam pela cabeça de algumas mães. Afinal: gestantes podem correr?

A pergunta que não quer calar é considerada um tema de muitos mitos pela especialista em recuperação da barriga pós-gravidez Gizele Monteiro, mas ela afirma que existem consensos médicos sobre o assunto. “Segundo indicações de autoridades de saúde, mulheres que nunca correram não devem iniciar a prática durante a gravidez e nem no pós-parto. No entanto, aquelas que já possuem experiência, caso esteja tudo certo com a saúde bebê-mamãe, a corrida está liberada”.

Apesar do sinal verde para algumas gestantes, Gizele faz alertas. “Isso não significa que não sejam necessárias mudanças e observação da continuidade da atividade. A gravidez sempre é uma caixinha de surpresas e é importante que a mulher seja superapta e experiente com a corrida, observe e mantenha um treino de fortalecimento adequado, inclusive para a prevenção da diástase”, pontuou.

Pioneira na recuperação da diástase — patologia caracterizada pelo afastamento dos músculos do abdômen por no mínimo três centímetros —, a especialista diz que corrida e a irregularidade apresentada na musculatura pós-parto não combinam. “A diástase fisiológica precisa estar controlada para continuar a praticar a corrida. Assim, uma prática moderada e com mudanças especializadas torna possível a execução do exercício. Tenho casos de alunas minhas que adaptaram a corrida e permaneceram correndo até o oitavo mês de gestação”.

Especialista indica adaptações

1. Toda a atividade de corrida na sua intensidade e volume devem ser reduzidas e ajustadas ao longo dos meses e trimestres. A frequência cardíaca, a velocidade e o tempo de corrida são fatores que devem ser monitorados e definidos em cada treino;

2. Se o impacto estiver provocando algum tipo de dor no quadril, na coluna, joelhos ou tornozelos, a corrida deve ser interrompida;

3. Os exercícios de fortalecimento geral do corpo são importantes para manter a massa muscular e evitar dores e lesões — durante a gravidez, para preparar o corpo para o parto, a ação dos hormônios provoca a frouxidão dos ligamentos, portanto esse tipo de exercício deve estar presente.

Para mulheres sedentárias ou não praticantes da modalidade, Gizele recomenda exercícios de baixo impacto: caminhada, bicicleta ergométrica, alongamentos, exercícios posturais e localizados. (Iúri Totti)

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