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Presidente do Fluminense, Mário Bittencourt revela planejamento para 2024 e luta contra dívidas do clube

Presidente acredita em busca por mais títulos em 2024

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Mário Bittencourt comentou sobre planejamento e balanço do Fluminense (Marcelo Gonçalves/Fluminense FC)

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Presidente do Fluminense, Mário Bittencourt convocou uma coletiva de imprensa para tratar sobre o planejamento do clube para 2024. O mandatário elogiou as contratações que estão sendo feitas, mas também bateu na tecla das dívidas do Tricolor.

Além de buscar ser mais competitivo e lutar por mais títulos em relação ao que o Time de Guerreiros conquistou em 2023, o Tricolor segue se preocupando em não colocas "os pés pelas mãos". Nesse momento, o clube gastou dinheiro apenas com a contratação de Terans, mas recheou o elenco com novas peças.

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- Nossos dois diretores fizeram um desenho para esse ano no sentido de que a gente possa se tornar mais competitivo em relação a 2023. A conquista da Libertadores nos traz uma responsabilidade de manter o Fluminense disputando os grandes títulos em 2024. Entendemos que eram necessárias algumas contratações para que pudéssemos ter um elenco com mais reposições. Isso em momento algum afeta o planejamento financeiro. Somos um clube em reconstrução financeira. Aumentamos nossas receitas, tivemos premiações importantes ao longo de 2023, mas que foram utilizadas para pagar o elenco, salário, para ter todas as obrigações trabalhistas cumpridas. O titulo só nos deu mais responsabilidade no campo, mas também sem fazer nenhuma loucura, pois o clube precisa continuar se equilibrando.

Mário Bittencourt afirmou que acredita que o Fluminense tem condições de competir ao mesmo tempo por mais uma Libertadores, mas também pelo Brasileirão. Com o plantel robusto, o Time de Guerreiros disputará cinco títulos na temporada.

- Não somos o clube mais abonado em termos de receita e temos dificuldade em comprar direitos econômicos, pois o mercado subiu muito. Vamos seguir nessa filosofia de ter jogadores da casa e trazer atletas tarimbados. Douglas Costa e Renato Augusto não vieram por dinheiro, mas para jogar a Libertadores e trabalhar com Fernando Diniz. Em algum momento, a gente sentiu que se tivéssemos peças de reposição, conseguiríamos lutar pelo titulo do Brasileiro. Não fizemos escolhas. A gente poupa, porque uma hora tem que poupar. É uma nova aposta nossa sem fazer nenhuma loucura.

Nesse início de 2024, o Fluminense lidera a Taça Guanabara em busca do tricampeonato estadual. O clube também está focado na conquista da inédita Recopa Sul-Americana contra a LDU, em fevereiro, além da busca por defender a conquista da Libertadores.

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POTENCIAL CONSTRUTIVO DE LARANJEIRAS

- Esse é um ano atípico. Porque nosso elenco principal ficou de férias depois do Mundial. Não encontramos investidores para tirar os jogos daqui sem o elenco principal. A gente recebe propostas de alguém que compra o jogo e fica com a bilheteria. Tem todo o fretamento do hotel para o clube, hotel. Quando o clube joga em outra praça, o clube recebe uma cota para jogar e alguém paga os custos dos dois clubes para lá. Nós tínhamos essa dificuldade de logística. Fizemos a opção de jogar todos os jogos no Rio. Entendíamos que tínhamos que priorizar ficar aqui, pois sabíamos que o Fernando chegaria aqui com o time. Temos uma viagem para Quito, que devemos viajar dois ou três dias antes por conta da altitude. E preservar o Maracanã. A escolha de jogar em Moça Bonita, na Ilha foi pensada. Isso não significa que não vamos jogar em outras praças esse ano, mas infelizmente o planejamento precisou ser bem diferente. Com relação ao potencial construtivo, o clube busca a venda para fazer a reforma de Laranjeiras. O potencial construtivo só pode ser revertido para aquela propriedade. Não podemos receber o dinheiro e contratar jogador. É uma lei que tem que ser aprovada na Câmara. Seguimos tramitando. Estive recentemente com Paes e a tendência é que isso caminhe ao longo de 2024. Se caminhar, a gente fará a venda do potencial construtivo para revitalizar Laranjeiras. Não é para derrubar o estádio. É revitalizar e transformar o estádio em jogos do tamanho que cabe Laranjeiras. Ainda é algo embrionário. Temos o projeto pronto. Se a gente obtiver esse benefício, essa aprovação, a gente reúne, mostra o projeto e partimos pro projeto executivo. Não é algo para agora, nem para o início de 2025. A obra , sim. Se aprovado, podemos começar esse ano. Mas não creio que em razão de questão burocrática, a gente consiga ter o estádio funcionando em um prazo de um ano. Mas talvez a gente consiga deixar esse legal a partir de 2026.

GESTÃO DO MARACANÃ

- Eu gosto muito do Jorge Salgado, é uma grande figura, um cara muito elegante. Ele falou da parte da proposta que interessa ao Vasco. A proposta não engloba só questão financeira, mas também questões técnicas. Flamengo e Fluminense estão muito seguros da proposta que fizeram. Acreditamos que temos enormes condições de ficar no Maracanã, pois nossa proposta é muito mais factível em relação a do Vasco. Há a luta pelos direitos dele e a gente pelos nossos. São receitas importantes, mas elas não dizem respeito a sobrevivência do fluxo de caixa do Fluminense. As receitas do estádio são para manutenção do estádio. Nos últimos anos, Flamengo e Fluminense colocaram mais de 100 milhões no estádio. Ninguém hoje no Brasil tem a expertise de Flamengo e Fluminense para gerir um estádio como o Maracanã. É algo que a gente trabalha muito bem aqui dentro, existem impugnações dos dois lados, mas temos muita confiança de que vamos ficar no estádio por muitos anos com regras bem definidas. Os outros clubes, desde que seguindo o cronograma de quem faz a gestão do estádio, podem jogar lá. Esse assunto é técnico. Jamais foi engado por motivos clubistas. A verdade é que seja com quem ficar, não comporta três clubes jogando semanalmente lá. Se a gente for entrar na discussão de direito. Sabe quantos jogos o Fluminense tem a mais que o Vasco no Maracanã? Quase 900 a mais. O Flamengo tem mais de dois mil jogos a mais que o Vasco lá. Porque o Vasco fez opção de jogar em São Januário ao longo de sua historia. Não tem nenhum argumento que o Vasco tem mais direito que Flamengo e Fluminense para jogar no Maracanã.

PATROCINADOR

- Eu vou pegar um pouquinho das palavras da Leila (Pereira). Ela outro dia disse que temos que tomar muito cuidado sobre valores que as pessoas dizem. Primeiro, a gente tem uma relação muito boa com nossos parceiros. Uma coisa que conquistamos foi a credibilidade. Credibilidade de voltar a pagar os credores, nas relações. Nosso patrocinador máster acreditou no clube em um momento de dificuldade. Pode ser que a gente continua, pode ser que a gente saia, mas vamos fazer tudo de forma amistosa. O Fluminense não fecha as portas para ninguém, a relação é excelente, mas os valores de contrato que eram muito bons, estão defasados. Diferente do que o mercado vem pagando. O momento do Fluminense é muito bom, com grandes perspectivas. Obviamente que existe um mercado de valores nesse sentido. A gente vem conversando com nosso patrocinador, porque entendemos que os valores não condizem com o que o Fluminense merece. Não é um bom contrato, mas é um contrato em vigor. Se encaminharmos uma negociação com os valores que entendemos que achamos justos, vamos ficar felizes. Estamos sendo procurados por outras empresas.

GRAMADO SINTÉTICO

- Minha posição é contra o gramado sintético por uma serie de motivos. Acho que o sintético é necessário em algumas situações, como num CT em que você tem uma grande quantidade de campos. Sei que tem estudos para os dois lados. Eu defendo por principio do jogo. O futebol sempre foi jogado em gramado natural, e o sintético muda o jogo. É um outro jogo. O jogador fica mais lento e a bola fica mais rápida. Só está lá porque a Fifa aprovou, mas não necessariamente é bom. Você joga 80% das vezes em grama natural. Ele traz uma modificação. Não quero discutir lesão. Todo clube que começa a jogar em gramado sintético tem um resultado muito superior quando joga em casa, porque existe uma dificuldade de adaptação do jogador atuar em gramado sintético. Geralmente se poupa os times no campo sintético. Quem joga em casa em campo sintético, joga contra adversários com times mesclados. No ano retrasado, o Flamengo também poupou contra o Palmeiras às vésperas da Libertadores. Terceiro ponto é que diminui o custo. Se você tem um clube de futebol e não consegue manter um campo de grama, não tenha um clube de futebol. Vira uma casa de show. O que afeta esportivamente o campeonato, que deixa de jogar em sua casa para atuar em outra praça. Não sou só eu que sou contra, os jogadores não querem jogar lá. É um outro jogo, um outro futebol.

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