Escrito por Lance!
Após duas eliminações consecutivas, Abel Braga foi o primeiro dirigente a se manifestar no Vasco. Em entrevista coletiva concedida no CT Moacyr Barbosa, o diretor técnico lamentou as saídas no Campeonato Carioca e, principalmente, na Copa do Brasil. Para ele, o Cruz-Maltino foi horrível e pequeno. Abelão também abordou a maturidade dos jovens da base.
- Eu acho que o termo 'desmamar' não é bem por aí não. Eu prefiro dizer que eles tiraram a fralda descartável. 30 é um número perfeito. A conta está perfeita, nem para mais, nem para menos. 30% feito na base é o ideal, ainda mais como o Vasco que é uma empresa. Não seria difícil, mas o nível de treinamento é prejudicial, por ter apenas uma competição. Eu me questiono com os conteúdos, que o Barbieri poderia ter colocado o time mais defensivo, pela entrada do Galarza. Não fizemos um grande jogo no primeiro, e no segundo, com um jogador de marcação, o Rodrigo, fomos superiores. Se colocar quatro volantes, vão falar que a gente não ganhou por ser defensivo demais. No segundo jogo o Vasco foi gigante. Fomos horríveis, pequenos na Copa do Brasil. Mas no domingo, simplesmente não deixamos o adversário, um dos maiores elencos do país, ver a bola. O jogador se incorpora pela qualidade e pela capacidade. Ele sobe e precisa de um tempo para se adaptar e se ele está no time é porque tem condições de jogar - afirmou Abel.
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Em seguida, Abel Braga explicou um pouco dos procedimento e como trabalha no dia a dia. O diretor técnico se sente um auxiliar invisível. Além disso, elogiou a postura mental dos jogadores, que não tiveram medo de encarar o principal rival, depois de uma eliminação precoce.
- O Paulo (Bracks) pode ser mais categórico nas afirmações dele e pelo que eu conheço de empresa. Jamais poderíamos dizer que está fechado. As coisas estão sendo feitas muito claras entre nós e isso me deixa satisfeito. A denominação é diretor técnico, mas no fundo me sinto um auxiliar invisível. Estou para ajudar, tirar dúvidas. Tudo que eu passo é porque eu passei no futebol. Chega no scout e depois passa pela gente. O Barbieri começou do zero. Na linha de defesa, não tem um jogador titular do ano passado. Na frente o Pec e o Alex não eram titulares. Nós começamos a competição com um time alternativo, depois jogamos com os jogadores que vieram dos Estados Unidos, vencemos e logo em seguida perdemos para o Volta Redonda. Mesmo assim, nos classificamos, pelo trabalho dos jogadores e da comissão técnica. Estamos loucos para começar o Brasileiro , dois jogos pegados (Atlético-MG fora e Palmeiras em casa), que vai ser para a gente, mas para eles também. É aquilo que sentimos no jogo passado.
- Não foi apenas enfrentar o Flamengo bem, mas a recuperação de um jogo de quinta-feira mal. Tivemos uma resposta mental muito grande e isso nos encheu de subsídios que teremos no Brasileiro. É um convicção. É um trabalho de alto nível, de muito informação, de plano tático e sem medo. O Vasco hoje não tem medo. Perdemos jogando melhor contra o Fluminense, vencemos o Botafogo jogando melhor e os dois jogos contra o Flamengo. Nós estamos muito contente com isso. É um crescimento apesar dos jogadores nunca terem jogado juntos - declarou o diretor. E completou explicando o que o Vasco fará neste período em inatividade.
- Primeiro nós vamos ter um tempo bom de treino. O Andrey não estará aqui e ele jogou todos os jogos. Será bom para jogadores como Marlon, Figueiredo e Orellano voltarem ao nível normal. Nesse aspecto vai ser bom. Vou falar sobre o aspecto tático, que requer muita intensidade, físico e mental. Esse tempo vai ajudar a aumentar a intensidade de cada jogador. Recebi um convite do Eudes, do Resende, para realizar jogos-treinos. Estamos tratando sobre isso e vai ser bom. Vamos aproveitar. É um tempo legal para quem fez cinco jogos em 14 dias.
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Abel Braga também fez uma promessa aos torcedores, que estão preocupados com a disputa do Brasileirão. Com as eliminações, o Vasco só terá a Série A pela frente.
- Torcedor pode esperar muito, mais ou menos o que teve no domingo. O Vasco vai fazer um grande Brasileiro, não tenho dúvidas disso. É aquilo que o grupo nos passa. Vamos ganhar não por termos fulano ou beltrano, mas sim por estar formando uma equipe. O exemplo, o Palmeiras, quando vence, não foi o Rony que acabou com o jogo e tal. No Vasco, quando foi bem, não tivemos um só destaque, mas sim uma equipe. Uma coisa é certa, todo mundo quer vir para o Vasco.