Reunião entre CBB e Fiba volta a ser adiada após demissão de interventor

O primeiro passo para que o Brasil volte a disputar torneios internacionais de basquete parece cada vez mais difícil de ser dado. Nesta terça-feira, a Federação Internacional de Basquete (Fiba, em inglês) voltou a cancelar o encontro que teria com a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) para ouvir explicações da entidade nacional e avaliar a chance de reverter a pena, aplicada em novembro do ano passado.

O motivo foi a demissão do espanhol Jose Luis Saez, nomeado para ser o interventor da Fiba na CBB, na força-tarefa que incluiria o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e o Ministério do Esporte. O cartola enfrenta acusações de má gestão de verbas públicas, administração desleal, apropriação indevida e falsidade documental em seu país.

O encontro já deveria ter acontecido na última sexta-feira, em Zurique (SUI), mas foi cancelado pela Fiba e remarcado para quarta-feira, no mesmo local. Agora, não há uma data prevista para que ele ocorra.

O novo adiamento torna mais difícil a tentativa da nova gestão da CBB, comandada pelo ex-jogador Guy Peixoto, de conseguir um desfecho positivo antes do congresso anual da Fiba, que será realizado em maio. O principal objetivo do Brasil na reunião é apresentar à entidade máxima mundial de basquete o “Projeto dos 100 Dias”, um documento em caráter emergencial .

A CBB vive a maior crise de sua hisória. A gestão de Carlos Nunes, finalizada no último dia 10, reduziu a dívida da entidade de R$ 10,8 milhões para R$ 9,95 milhões, mas, para isso, utilizou praticamente todo o dinheiro em caixa. Atualmente, a CBB não pode receber verbas do COB por meio da Lei Agnelo Piva, que destina recursos das loterias ao esporte.

As Seleções do país seguem sem técnico desde que os contratos do argentino Rubén Magnano, da masculina, e Antônio Carlos Barbosa, da feminina, não foram renovados.