Virtudes e defeitos: por que o Vasco levou a virada do Bangu
Primeiro tempo de chances do Cruz-Maltino deu lugar à inconsistência e espaços para o time alvirrubro, que foi competente e mereceu a vitória em São Januário
Um time que criou, criou, criou, mas foi punido pela má pontaria, pelas defesas do goleiro Jefferson e pela competência do Bangu. Este foi o Vasco que sofreu, na noite deste sábado, sua primeira derrota em São Januário nesta temporada. Um primeiro tempo animador deu lugar a dois gols sofridos na segunda etapa.
Bruno César meio a meio
Cada vez mais participativo e entrosado na equipe vascaína, foi o eixo das ações ofensivas da equipe de Alberto Valentim no primeiro tempo. Bem marcado, chegou a recuar para abrir espaço para outros jogos infiltrarem. No segundo tempo, contudo, pareceu ter sentido o ritmo intenso da partida - e a atuação consistente do Bangu. Se tivesse conseguido manter o nível, a sorte vascaína poderia ter sido outra.
'Gols' de Werley
As intervenções, na reta final do primeiro tempo, foram providenciais. Num intervalo de 30 segundos, o zagueiro se posicionou na frente de um chute e, depois, dividiu um cabeceio. Se não fosse pelo zagueiro, o Alvirrubro teria aberto o placar em São Januário.
Pelos lados: bem e mal
A bola quase sempre passava por Bruno César, sim, mas os laterais e pontas do Vasco foram acionados durante toda a partida. No primeiro tempo, Danilo Barcelos obrigou o goleiro a fazer grande defesa; Cáceres, que já mostrou subir ao ataque apenas "na boa", efetuou o cruzamento que terminou no gol de Tiago Reis. Mas foi de Danilo a mão na bola que resultou em pênalti. Marrony perdeu chance clara no início da segunda etapa e Rossi também não conseguiu mais do que o visto nos 45 minutos iniciais.
Lapidação
Tiago Reis mostrou o já conhecido bom posicionamento, oportunismo e estrela para tirar o zero do placar. Após cruzamento de Cáceres, Rossi obrigou o goleiro Jefferson a fazer grande defesa, mas o centroavante estava a postos para conferir. O mais novo xodó cruz-maltino teve outras boas ações, mostrou carecer de maturidade em outros momentos. Mas nada melhor que um gol na grande chance que teve para barganhar mais minutos.
Plano B? Nem o plano C deu certo...
Logo após o gol de empate do Bangu, Alberto Valentim sacou Bruno Silva do time e colocou Thiago Galhardo. A equipe passou a ter o meio-campo ultra ofensivo já testado em outras partidas deste ano: Lucas Mineiro era o volante mais recuado. Não funcionou. Já com Maxi López na vaga de Tiago Reis, a última cartada foi pôr Ribamar na vaga de Bruno César, deixando a equipe com Rossi, Maxi, RIbamar e Marrony. Quatro atacantes. O resultado foi o contragolpe do Bangu, desenhado desde o início da partida, ter funcionado no fim do jogo.