Guerrero já tem data para voltar; Veja como foram os retornos de jogadores punidos por doping

Jogadores que testaram positivo para substâncias proibidas alternaram voltas por cima e decadência; Lista tem Maradona, Fred, Jóbson e mais

Montagem com Fred (camisa do Shakhtar), Guerrero (Inter) e Jobson (Bota)
Fred, Guerrero e Jóbson sofreram pesadas punições por doping durante a carreira (Foto: Divulgação)

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A torcida do Internacional recebeu uma excelente notícia. Através do site oficial, o Colorado comunicou que, após consulta à Wada e FIFA, o atacante Paolo Guerrero está liberado para voltar aos gramados no dia 5 de abril. Porém, antes disso, o peruano começa a trabalhar com o elenco no CT Parque Gigante a partir da próxima terça-feira (05/01).

O jogador enfrenta uma longa jornada desde que foi suspenso em dezembro de 2017, após testar positivo para Benzoilecgonina - um metabólico da cocaína. O centroavante conseguiu um efeito suspensivo, chegando a voltar a atuar pelo Flamengo, além da Seleção Peruana na Copa de 2018. Veja agora como retornaram ao futebol os jogadores suspensos por doping: 

Diego Maradona

Maradona (Boca Juniors)
Maradona em sua última passagem pelo Boca Juniors (Foto: Enrique Marcarian)

Em 25 de junho de 1994, após jogo entre Argentina e Nigéria, em Boston, pela primeira rodada da Copa dos Estados Unidos, Maradona teve de se submeter a exame antidoping, que deu positivo para consumo de efedrina. A substância, presenta na cocaína, já havia sido identificada no corpo do jogador anteriormente. O atleta foi retirado da competição e punido com suspensão de 15 meses e multa de US$ 15.500.

Em 1996, sob o risco de morrer subitamente pela dependência química, o jogador aceitou ser internado, mas abandonou o tratamento pouco tempo depois. Em 1997, o argentino volta ao Boca Juniors e retorna aos gramados contra na partida contra o Newell's, seu clube anterior. No mesmo ano, é pego novamente no doping, mas permanece atuando sob uma autorização especial. Na mesma temporada, anuncia sua aposentadoria, aos 37 anos. 

Fred, hoje no Manchester United

Fred (Shakhtar Donetsk) - Meio-campista no radar de Tite, Fred deixou a sua marca na vitória sobre o Olimpik Donetsk, por 4 a 2. Vem muito bem na equipe ucraniana. Cabe destacar que Bernard também fez um dos gols.
Fred passou quase um ano suspenso na época de Shakhtar (Foto: ANDREAS SOLARO / AFP)

Durante a disputa da Copa América de 2015, primeira competição oficial de Fred pela Seleção, o jogador foi testado positivo para hidroclorotiazida, substância proibida no esporte. A CONMEBOL o suspendeu por um ano nas partidas organizadas pela entidade. Posteriormente, a Fifa ampliou a sanção a nível mundial, deixando o brasileiro, na época, do Shakhtar Donetsk (UCR), fora dos gramados até 27 de junho de 2016.

O retorno de Fred ao futebol após o período de inatividade não poderia ter sido melhor. Num amistoso contra o Brugge, da Bélgica, o meia marcou no empate por 2 a 2. O jogador retomou o alto nível no futebol ucraniano, voltou à Seleção Brasileira - a ponto de ser convocado para a Copa do Mundo de 2018 - e após o Mundial, se tornou jogador do Manchester United por 55 milhões de euros (R$ 240 milhões).

Darijo Srna

Darijo Srna
Srna teve carreira interrompida por um ano (Foto: Reprodução)

No dia 22 de setembro de 2017, Srna resolveu suspender sua carreira após ser pego no exame realizado pelo Centro Antidoping da Ucrânia. A substância, não revelada inicialmente, se tratava do hormônio desidroepiandrosterona. A punição dada foi de 17 meses, mas nem o atleta, nem o Shakhtar, se mostraram interessados em recorrer.

Após 15 anos, o croata deixou o clube ucraniano ao fim de seu contrato, em 2018, tendo sua camisa 33 aposentada. Recentemente, o lateral-direito, já aos 36 anos, retomou a carreira no Cagliari, da Itália, mas sem o mesmo brilho de antes.

Jobson

Jobson Enquete
Jogador publicou imagem acima nas redes sociais há uma semana(Foto: Reprodução/Instagram)

No fim de 2009, aos 21 anos, Jobson era a sensação do futebol brasileiro pelos gols pelo Botafogo. Mas, na reta final do Campeonato Brasileiro daquele ano, o jogador testou positivo para cocaína. A pena, inicialmente de dois anos, foi reduzida para seis meses após audiência em abril de 2010.

O jogador voltou a atuar pelo Botafogo no meio daquele ano, mas seguidos episódios de indisciplina levaram a empréstimos a Atlético-MG e Bahia. Em 2011, o jogador foi dispensado também do time baiano por mau comportamento, e teve seu caso de 2009 revisado pela Agência Mundial Antidoping.

Jobson correu risco de ser banido do esporte, por ter sido reprovado em dois exames antidoping distintos. No entanto, ao se apresentar como dependente químico, o paraense foi suspenso por mais seis meses, podendo retornar ao futebol em março de 2012.

O jogador firmou novo vínculo com o Botafogo, mas, novamente, passou por seguidos empréstimos, um deles para o Al-Ittihad, em 2014. Lá, se recusou a fazer um exame antidoping, o que, em 2016, julgado pela FIFA, rendeu um novo gancho, de quatro anos. No início de 2019, o jogador assinou seu primeiro contrato após a suspensão, com o Brasiliense, mas foi afastado antes mesmo de jogar. Jobson alegou interesse de um clube carioca, e tentou forçar sua saída. Ele ainda encontra-se treinando separado. 


Nilton e Wellington, pelo Internacional

Nilton e Wellington
Divulgação

Em setembro de 2015, os volantes Nilton e Wellington testaram positivo para as substâncias hidroclorotiazida e clorotiazida, em três jogos disputados no Brasileirão. As duas substâncias são classificadas como diuréticos, ou seja, provocam o aumento da quantidade de urina e ajudam a expelir mais rapidamente líquidos e outras substâncias do corpo humano. Ambos receberam suspensão de cinco meses.

Nilton permaneceu no Internacional até o meio de 2016, quando foi vendido ao Nissel Kobe. Hoje, em 2017, voltou ao Bahia, onde é capitão. Já Wellington foi devolvido ao São Paulo no fim de 2015, seguiu para o Vasco também por empréstimo, e hoje é jogador do Atlhetico.

Robston

Robston Vila Nova
Robston em campo pelo Vila Nova (Foto: Reprodução/Site CBF)

Ex-jogador do Botafogo, o meio-campista Robston foi suspenso em 2014 flagrado por uso de cocaína. Ele estava no Vila Nova. Inicialmente, a punição foi de dois anos, mas o STJD reduziu a pena pela metade depois que o jogador comprovou não ter usado mais substâncias proibidas.

Robston voltou a jogar pelo Vila em 2015, mas desde então passou por Cuiabá, Botafogo-PB, Anápolis, XV de Piracicaba e jogou a Segunda Divisão do Campeonato Goiano com o Goiânia.

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