Martine Grael e Kahena Kunze conquistam medalha de ouro na vela

Regata decisiva da classe 49er FX aconteceu na tarde desta quinta-feira; Brasil chega à sexta olimpíada seguida com medalha na modalidade 

Martine Grael e Kahena Kunze levaram o ouro na estreante  classe 49erFX
WILLIAM WEST / AFP

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A disputa foi apertadíssima até a última regata, a concorrência estava forte, mas Martine Grael e Kahena Kunze conseguiram conquistar uma suada medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Rio-2016.

Elas ficaram na primeira colocação da regata da medalha da classe 49erFX, realizada na raia do Pão de Açúcar da Baía de Guanabara e terminaram com 48 pontos na competição olímpica. O pódio ainda teve a Nova Zelândia com a prata e as dinamarquesas com o bronze.

A dupla brasileira largou bem, mas com o passar das boias perdeu posições e viu as neo-zelandesas Alex Maloney e Molly Meech assumir a segunda posição, condição que daria a elas o ouro. Mas Martine e Kahena tiraram da cartola uma solução na virada da última boia. Enquanto as outras líderes da regata, como italianas e as próprias neo-zelandezas, escolheram o lado direito da raia, as brasileiras vieram quase sozinhas pela esquerda. E isso fez a diferença. A arrancada final trouxe sucesso e a medalha de ouro. 

Martine e Kahena, ambas de 25 anos, chegaram à regata da medalha nesta quinta-feira empatadas na pontuação com as duplas da Espanha e da Dinamarca - as três com 46 pontos - e ainda um ponto apenas à frente da dupla da Nova Zelândia. A pontuação dupla da regata decisiva acabou fazendo a diferença.

As brasileiras fizeram uma boa competição. Foram apenas três regatas fora do top-7 (e uma delas entrou no descarte), que para os especialistas em vela é uma zona segura de regularidade para chegar na briga por título. Martine e Kahena venceram duas das 12 regatas que antecederam a medal race.

Ao garantirem uma medalha olímpica nesta Rio-2016, Martine Grael e Kahena Kunze evitaram que a vela brasileira voltasse a passar em branco em Jogos Olímpicos, algo que não acontece desde Barcelona-1992.

Em todas edições seguintes o Brasil conseguiu construir sólidas participações, sendo presença frequente nos pódios e tendo Londres-2012 como desempenho mais modesto, beliscando um bronze na classe Star, com Robert Scheidt e Bruno Prada.

Desde que passou em branco em Barcelona até o início da Rio-2016, a vela brasileira acumulou dez medalhas, sendo quatro de ouro, duas de prata e quatro de bronze. A medalha de Kahena e Martine, portanto, é a 11ª no período.

A classe que evitou o novo jejum do Brasil é justamente uma das estreantes no programa olímpico: a 49erFX. A outra estreante foi a Nacra 17.

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