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Vice em SP, Carreño é realista: ‘Dificilmente haverá uma geração espanhola como esta’

Querendo distanciar-se da sombra de Rafael Nadal e sob comando de ex-número um do mundo, Carreño quer construir sua história

FOTO: Leonardo Martins/DGW Comunicação
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Pablo Carreño Busta está há três anos sendo pressionado por ser o 'futuro do tênis espanhol', mas assegura não sentir a pressão: 'Dificilmente haverá uma geração como esta'

Após bater o compatriota Iñigo Cervantes na semifinal do Brasil Open, Carreño Busta está em sua primeira final da carreira e muito satisfeito o tenista de Gijón conversou com o Tênis News sobre a mudança para a academia do es-número um do mundo Juan Carlos Ferrero, de sua mentalidade e de aceitar a pressão e lutar por si mesmo.

O jovem de 24 anos contou que já se acostumou com o questionamento de ser o espanhol mais jovem a compor o top 100. De acordo com ele, os três anos em que está dentro do top 100 tem ouvido que é o futuro do tênis espanhol e não considera que seja pressão: "Chegar ao que está fazendo Rafael Nadal é muito complicado, não só a mim, mas a qualquer um. Tenho que me centrar no meu jogo e em mim", pontua mais de uma vez com muita convicção.

Carreño furou a barreira do top 100 sob comando do experiente treinador espanhol Javier Duarte, com quem trabalhou por cinco anos até optar pela mudança em novembro de 2015 para a Equelite de Ferrero. "Havia coisas que eu via que não evoluíam mais. Eu também me acomodei na forma de treinar, de ir a cada semanas nos torneios e decidi mudar algo, porque queria seguir melhorando", justificou-se.

"Ir para a academia de Ferrero foi difícil, porque nunca é fácil mudar quando se está acomodado. Acredito que foi acertada. A pré-temporada foi muito boa. Estou muito feliz com meus treinadores Samuel (López) e Cesar (Fábregas), tanto treinando como nos torneios", revelou ele que é o novo pupilo de López, que levou Nicolas Almagro ao top 10.

Apesar do pouco tempo de trabalho, Carreño já vê grandes mudanças em seu trabalho. A postura agressiva que tem tido em São paulo foi o primeiro pedido que López e Fábregas o fizeram. "Eles queriam que eu dominasse os pontos, fosse mais agressivo. Tenho um saque com o qual posso começar dominando o ponto e acredito que tenho o restante dos golpes em nível aceitável para dominar os pontos", esclareceu.

"É importante ter uma mentalidade agressiva e precisava de confiança para poder fazê-lo. Talvez no inicio do ano não me caíram partidas fáceis para construir essa confiança, mas neste torneio onde a chave não foi tão ruim como os últimos, pude conseguir ir ganhando jogos e cada vez que jogo me encontro mais cômodo", disse o espanhol que teve estreia no Rio Open contra Rafael Nadal e em Buenos Aires contra Dominic Thiem.

O jovem de Gijón declara que não deseja colocar-se um número de ranking como meta, que sua vontade é ir o mais 'alto' que puder, mas pondera: "Não é fácil, está todo mundo trabalhando tão duro quanto eu. Pouco a pouco você vai contabilizando essas melhoras e conquistando confiança para entrar nos jogos".

Carreño contou que tem treinado com Ferrero e aprendido muito com o ex-número um do mundo: "Juan Carlos entrou em quadra vários dias comigo. Me deu dicas e orientações preciosas. Ali somos todos unidos. É um lugar ótimo para se treinar".

Sobre o tênis espanhol, Carreño destaca que não está sozinho na geração pós-Armada com Rafael Nadal, David Ferrer e outros. "Ontem joguei contra Roberto Carballes, que é dois anos mais jovem que eu e está muito próximo de entrar no top 100. Talvez ele entre logo e passem perguntar a ele da pressão por ser o mais jovem no top 100", brincou. "Afinal, isso são ciclos, como tudo na vida.

Não se pode ter toda vez 20 espanhóis no top 100, chegará o momento em que teremos um a menos, ou menos. Dificilmente haverá outra geração como esta, mas acredito que haverá sempre bons jogadores espanhóis", declarou.