Escrito por Lance!
O austríaco Dominic Thiem, oitavo colocado no ranking da ATP, virou dor de cabeça para os maiores astros do tênis mundial. Após uma ascensão meteórica desde o ano passado, quando passou a integrar o grupo dos dez melhores do mundo, ele tenta agora mostrar que é “gente grande” aos 23 anos.
Em sua segunda participação no Rio Open (caiu na semifinal no ano passado), o atleta enfrenta nesta sexta-feira o argentino Diego Schwartzman (51º) em busca de vaga na semifinal no Jockey Clube. Mantém o discurso humilde, mas sabe que o peso de integrar a elite pode decidir jogos.
– Sou o mesmo garoto de antes de entrar no top 10. Mas é claro que todos os tenistas passaram a ter mais vontade de me vencer. É algo especial enfrentar alguém da elite. Você tem de se acostumar a ser o jogador visado – disse o atleta, ao LANCE!.
Thiem chegou ao Rio de Janeiro como segundo favorito à taça do Rio Open, mas virou o principal astro do evento após o japonês Kei Nishikori (5º) ser eliminado pelo brasileiro Thomaz Bellucci (76º).
Há cinco anos, o jovem foi incentivado a carregar troncos de árvores de 25kg em uma floresta em Viena (AUT) para melhorar a condição física. Foi um conselho de Sepp Resnik, ex-triatleta e soldado, que fez parte da equipe entre 2012 e 2014.
O tenista prefere minimizar o fato, e diz que a aventura não influenciou em nada no rendimento atual. Mas as sete conquistas obtidas entre 2015 e 2016 mostram que há um perigo pela frente para qualquer adversário.
– Foi uma experiência legal, só isso. Não acredito que passei a praticar um tênis melhor por passar dias na floresta – diz o astro, que espera aproveitar a passagem pelo Rio para viver uma grande paixão.
– Queria conhecer o Maracanã. Se eu tiver tempo, farei isso. Sou um fã da Seleção Brasileira – contou o tenista, torcedor do Chelsea.
Em 2016, Thiem obteve triunfos sobre o suíço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal, e definitivamente se colocou entre os gigantes da modalidade.
Nesta edição do Rio Open, ele venceu o sérvio Janko Tipsarevic e o sérvio Dusan Lajovic nas duas primeiras rodadas.
Dolgopolov vence a sétima seguida
O ucraniano Alexandr Dolgopolov (50) garantiu na última quinta-feira sua vaga nas quartas de final do Rio Open ao superar o argentino Horacio Zeballos, em 2h15, por 2 sets a 1, com parciais de 7-6 (4) 4-6 e 6-4.
Esta foi a primeira vitória do ucraniano contra o argentino em três jogos. Eles haviam se enfrentado em 2009 e 2016.
Na próxima rodada, Dolgopolov terá pela frente o espanhol Pablo Carreno Busta (24).
O ex-número 11 do ranking foi finalista da edição inaugural do Rio Open, em 2014, quando perdeu a decisão para o espanhol Rafael Nadal (6). Agora, chega às quartas pela terceira vez.
Adversário do ucraniano, Carreno conquistou sua segunda vitória na carreira sobre o dominicano Victor Estrella Burgos por 2 a 1, com parciais de 6-2, 4-6 e 6-2.
BATE-BOLA
Dominic Thiem
Tenista, ao LANCE!
‘Pretendo encerrar o ano entre os 10’
O que projeta para este ano após entrar para o top 10?
Projeto um ano difícil. Acho que será complicado defender a posição que alcancei após ter conseguido chegar ao grupo dos dez melhores no ano passado. Quero jogar bem. Pretendo tentar encerrar a temporada entre os 10 ou 15 primeiros da lista. Isso seria bem legal. Mas minha maior meta é continuar melhorando meu tênis, dia após dia, semana após semana. Quero ir passo a passo.
Dá para sonhar em se tornar o número um do mundo no futuro?
Acredito que ninguém pode planejar ser o número um. É algo muito difícil, que apenas um grupo tão seleto conseguiu até hoje. Não fico pensando nisso, na verdade.
O que considera mais forte em você? O físico ou o mental?
Acho que os dois. Se você quer chegar ao topo, precisa ser forte em todos os aspectos do jogo. Tento seguir melhorando mente e físico.
Um filme favorito?
Gosto de muitos. Diria Harry Potter.
Você já declarou diversas vezes sua paixão pelo futebol e torcida pelo Chelsea. No Brasil, quem são seus jogadores preferidos?
O Ronaldinho foi o melhor que já vi jogar até hoje, quando estava em seu auge. Todo mundo adorava vê-lo em campo. E gostava muito do Ronaldo também.
NÚMEROS
15,8
Milhões de reais é o valor obtido por Dominic Thiem na carreira até hoje em premiações da ATP
7
Títulos conquistou Dominic Thiem no circuito da ATP na carreira: quatro em 2016 e três em 2015
2011
Foi o ano em que Thiem se tornou tenista profissional. Ele começou a jogar aos
seis anos
QUEM É ELE
NOME
Dominic Thiem
NASCIMENTO
3/9/1993, em Wiener Neustadt (AUT)
Melhor ranking
7 (junho de 2016)
ALTURA E PESO
1,85m/82kg
CONQUISTAS
Thiem soma sete conquistas no circuito profissional. Em 2016, venceu o ATP 250 de Stuttgart (ALE), foi bicampeão do ATP 250 de Nice (FRA) e ainda ganhou o ATP 500 de Acapulco (MEX) e o ATP 250 de Buenos Aires (ARG). Também foi vice dos ATPs 250 de Metz (FRA) e Munique (ALE). Em 2015, ele faturou o ATP 250 de Gstaad (SUI), o ATP 250 de Umag (CRO) e o primeiro título em Nice.