Entre as muitas conquistas, o americano Andre Agassi, o brasileiro Gustavo Kuerten e os espanhóis Rafael Nadal e Juan Carlos Ferrero têm algumas peculiaridades em comum, além de terem alcançado a liderança do ranking mundial e troféus de Grand Slams. Esse quarteto tem no currículo títulos em torneios da ATP na Bahia. E, nesta segunda-feira, começa o Costa do Sauípe Open, o Challenger 125 que marca o retorno do resort baiano ao calendário da ATP pela primeira vez após 14 anos. O principal favorito é o argentino Mariano Navone (84º do mundo).

➡️ Tudo sobre Esportes Olímpicos no WhatsApp. Siga o nosso novo canal Lance! Olímpico
➡️ Com Guga, cerveja anuncia patrocínio ao Costa do Sauípe Open
➡️ Único algoz de João Fonseca em final de Challenger é confirmado no Sauípe

De 2001 a 2011, o Sauípe foi palco do Brasil Open, o maior torneio do país na Era Guga. E o ídolo catarinense foi o único anfitrião a triunfar por lá (Fernando Meligeni, em 2001 e Thomaz Bellucci, oito anos depos, também chegaram à final). Em 2002, na quadra rápida, em setembro, e, dois anos depois, no saibro. Nas duas ocasiões, a vitória derradeira foi contra tenistas argentinos, ambas em três sets. Em 2002, o ex-número 1 do mundo precisou salvar um match-point para derrotar Guillermo Coria, que seria vice-campeão de Roland Garros dois anos depois. Sauípe, em 2004, foi palco do 20º e último troféu de Guga como profissional. A vítima, na decisão, foi Agustin Calleri. A chuva foi uma personagem da partida, que começou na tarde de um sábado e terminou na manhã seguinte.

➡️ De Guga a Nadal, relembre campeões do Sauípe, que volta ao circuito
➡️ A caminho do Sauípe, Luz e Demo vencem o segundo Challenger seguido
➡️ Guto Miguel, semifinalista do US Open juvenil, é confirmado no Sauípe
➡️ Exclusivo: histórias inusitadas de Maria Esther Bueno, furtada por rival em hotel

Em 2004, no Sauípe, o último título da carreira de Guga (Foto: João Pires/Fotojump)<br><br>

Um ano após o derradeir troféu da brilhante carreira do tricampeão de Roland Garros, Sauípe viu surgir uma estrela espanhola, então com 18 anos e 48º do mundo: ninguém menos do que Rafael Nadal. Foi o segundo dos 60 títulos que o Rei do Saibro conquistou como profissional. E 2005, por sinal, foi a temporada que o Touro Miúra conquistou o maior número de títulos: 11, com destaque para o primeiro de seus 14 em Roland Garros.

Rafael Nadal em coletiva no Sauípe em 2005 (Foto: Fotojump)



Calleri, o mesmo que havia sido superado por Guga na dramática final do ano anterior, foi uma das seis vítimas de Nadal na campanha no Sauípe, numa batalha decidida apenas no terceiro set, por 6/2, 6/7 e 6/4. O placar foi semelhante ao do triunfo sobre o campineiro Ricardo Mello nas semifinais, por 2/6, 6/2 e 6/4, sendo que o brasileiro chegou a ter uma quebra à frente no set decisivo. O campeão também derrotou o argentino Jose Acasuso, o compatriota Alex Calatrava e, na decisão, outro espanhol: Alberto Martin. A conquista levou Nadal, pela primeira vez, ao top 50 do ranking mundial.

Mas o saudoso Brasil Open não foi palco apenas de conquistas de grandes nomes. Em 2008, a quadra central baiana foi o pano de fundo de um momento dos mais emocionantes do tênis brasileiro nas últimas décadas: a despedida de Guga. O discurso, abaixo, está na memória de muitos dos fãs que tiveram o privilégio de ver o tricampeão de Roland Garros proporcionar tantas alegrias à torcida:


Há anos técnico do líder do ranking, o compatriota Carlos Alcaraz, Juan Carlos Ferrero foi o primeiro espanhol a ser campeão no Brasil Open. O feito foi em 2010, quando, a exemplo de Nadal, em 2005, também derrotou Mello na semifinal (por 6/4 e 6/2). A decisão, contra o polonês Lukasz Kubot, foi a mais rápida da história do torneio: 6/1 e 6/0, em apenas 1h01m.


Em Itaparica, o primeiro de Agassi

Agassi triunfou no Club Med de Itaparica, que recebeu um Challenger em 1981 e 1984 (os dois primeiros anos era um Challenger), e, de 1986 a 1990, um ATP. O ídolo americano triunfou em 1987, derrotando, na decisão, o paulista Luiz Mattar. Foi o primeiro dos 60 troféus da carreira do ex-número 1 do mundo, que venceu nada menos que oito Grand Slams nas simples.

O ídolo americano André Agassi (Reprodução)

Siga o Lance! no Google News