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14 anos depois: Veja dez razões para fracassos do Brasil após o penta

Soberba, falta de craques, atraso, xenofobia, problemas de calendário e na CBF.... Vários são os motivos para os maus resultados da Seleção de 2002 para cá

 (foto:Lucas Figueiredo / MoWA Press)
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Nesta quinta, completam-se 14 anos que a Seleção Brasileira conquistou o pentacampeonato mundial, na Coreia do Sul e no Japão. Na final, a equipe derrotou a Alemanha por 2 a 0. De lá para cá, porém, os alemães evoluíram e o Brasil decaiu. O LANCE! aponta dez razões para isso ter acontecido: 

1 - SOBERBA

O Brasil ganhou o penta e vestiu os louros da vitória. A Alemanha perdeu e se reinventou. Acreditamos que para sempre teríamos o melhor futebol do mundo. Os alemães fizeram da derrota mais um elemento de fortalecimento das mudanças estruturais que culminaram com o tetracampeonato na Copa de 2014, com direito ao humilhante 7 a 1 do Mineirão. E nem o vexame foi suficiente para impulsionar mudanças por aqui.

2 - CBF

A falta de mudanças começa por cima. As mesmas práticas autoritárias, pouco transparentes e manipuladoras de sempre dominam a CBF. A faxina moral não chegou aqui. O comando de hoje segue a mesma dinastia de 2002. Ricardo Teixeira, engolido pelas denúncias de corrupção na Fifa, deu lugar a José Maria Marin, que foi preso pelo FBI, que deu lugar a Marco Polo del Nero que não pode sair do país com medo de ir para a cadeia também. Depois da avalanche de escândalos no mundo da bola, a CBF é a única entidade que continua dirigida por um cartola diretamente envolvido nas investigações americanas.

3 - FALTA DE CRAQUES

Nunca mais se formou uma geração de craques como aquela que disputou o Mundial da Coreia e do Japão. Além de Rivaldo, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, os três Rs, e Kaká (todos ganhadores do troféu de melhor do mundo da Fifa), nomes como Cafu e Roberto Carlos compunham um time de diferenciados. Nem Felipão conseguiu atrapalhar. Hoje, só nos resta Neymar na lista dos fora de série.

4 - ATRASO

A escola brasileira sucumbiu. Nossos treinadores, quase todos eles, pararam no tempo. Nossa evolução tática e técnica, os métodos de treinamento são do século passado. Enquanto os técnicos argentinos fazem sucesso, são disputados por clubes e seleções de outros países, os medalhões brasileiros como Luxemburgo, Felipão, Dunga, Muricy, Parreira e outros amargam o ostracismo ou acabam em centros de segunda ou terceira grandeza. E os mais novos, as promessas de renovação, ainda não passam de promessas. Ou já ficaram pelo caminho.

5 - XENOFOBIA

O futebol brasileiro está entre os mais xenófobos do mundo. Depois do fiasco da Copa de 2014, Guardiola chegou a se oferecer para treinar a seleção. A CBF preferiu Dunga. Ao mesmo tempo em que perdemos nosso jeito de jogar, continuamos a desprezar, por vezes ridicularizar, o trabalho de técnicos estrangeiros. Hoje as coisa começam a mudar, mas ainda temos muito a ganhar, com novos ares e novas ideia, atraindo mais gringos de qualidade para cá.

6 - DESPREZO À BASE

O Brasil continua sem ter um trabalho série de formação nas categorias de base. A CBF, que apesar da podridão ainda fatura alto com patrocínios e direitos, não investe o que deveria na criação de infraestrutura ou em centros de treinamento,. Não há planejamento estratégico, cada um atira em uma direção. Nos clubes, frequentemente, o time principal joga de um jeito e os da base de outra, a bel-prazer do treinador. A ação danosa de empresários oportunistas por vezes interfere no trabalho e a renovação de talentos acaba comprometida.

7 - CLUBES FRACOS

Não existe futebol forte sem clubes fortes. E os clubes brasileiros continuam acovardados, submissos, incapazes de se unirem, de formarem uma liga que imponha seus interesses e os interesses de seus torcedores sobre as vontades dos cartolagem das federações e da CBF. Continuam mergulhados em dívidas, dependentes de verbas de televisão e longe de perseguirem um modelo empresarial de gestão. Um dos resultados é o interesse crescente do público pelos grandes clubes europeus.

8 - CALENDÁRIO MÍOPE

Enquanto o mundo se adequou ao calendário europeu, o Brasil continua de fora. O resultado é que nossos clubes se enfraquecem, o intercâmbio internacional praticamente não existe, as competições nacionais continuam mesmo durante as datas Fifa e os principais eventos como as eliminatórias da Copa do Mundo e a Copa América. O Brasileirão foi o único campeonato disputado em paralelo entre os países que participaram da Copa América. E os estaduais permanecem aí...

9 - FALTA DE AÇÃO

O que não faltam são planos. E muita teoria. Governos, legislativos, ongs, jogadores e ex-jogadores, universidades, mídia, todo mundo tem uma ideia na cabeça. E jamais se conseguiu efetivamente implementar um plano de ação para reerguer o futebol brasileiro. Livrando-o das amarras da CBF. Já seria um bom começo.

10 - INDIFERENÇA DA TORCIDA

A CBF tanto maltratou a Seleção que o brasileiro passou a tratar com indiferença a Seleção. Jogos caça-niqueis (ou caça-propinas) em lugares distantes, convocações que desfalcam os times em momentos importantes, o claro desleixo com que alguns convocados tratam a camisa amarela afastaram o torcedor da Seleção. A sucessão de fracassos só aumenta, ano após ano, esse descrédito.