Tênis: Na ‘terra da alegria’, gelado Murray se garante na final dos Jogos

Tenista britânico bate o japonês Kei Nishikori e vai à segunda final olímpica consecutiva, após conquistar o ouro em sua casa, em Londres. Rival será definido ainda neste sábado

Andy Murray e Kei Nishikori
Andy Murray vibrou muito com a vitória no Rio de Janeiro (Foto: MARTIN BERNETTI/AFP/Lancepress!)

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O tenista Andy Murray não é muito conhecido por distribuir sorrisos aos espectadores, ou mostrar muita alegria em quadra, como seus adversários Novak Djokovic e Roger Federer, por exemplo. Mas, na "terra da alegria", o Rio de Janeiro, foi o "homem de gelo" quem fez a festa, garantindo mais uma final olímpica em seu currículo. E, detalhe, vibrou muito com a torcida.

Atual campeão, já que foi medalhista de ouro em Londres (ING), em 2012, o britânico, número 2 do ranking, pode se tornar o primeiro homem a conseguir duas medalhas de ouro em Olimpíadas em simples (masculino ou feminino). Para isso, precisou derrotar o japonês Kei Nishikori (7º) neste sábado. E o fez com muito estilo, por 2 sets a 0, com 6-1 e 6-4.

Em um primeiro set que começou disputado, a frieza do britânico valeu demais. Fosse para aguentar o forte sol no Centro Olímpico, ou os constantes gritos da torcida, a maior parte favorável ao adversário. Ponto após ponto, game após game, o tenista mostrava que estava com vontade de fazer história. 

E foram necessários 32 minutos para que as primeiras linhas desse roteiro fossem escritas. Um implacável placar de 6 a 1 na primeira parcial deixou claro a Nishikori: Andy Murray não foi ao Rio de Janeiro a passeio.

No segundo, contou com os vários erros do japonês (23 no jogo) e seu primeiro serviço ruim (60%), e o pressionou do começo ao fim. Bolas no fundo, saque forte, dropshots, backhands, lobs, slices, voleios... Escolha, porque Andy Murray colocou tudo isso em quadra no Rio de Janeiro.

No fim, duas cenas raras. Após um lindo rali, o britânico acertou uma paralela caído no chão. Levantou, vibrou muito e chamou a torcida para o seu lado. E, após o fim do jogo, repetiu o gesto no centro da quadra, sentou no banco e se emocionou, como há muito não se via.

Na decisão da Olimpíada do Rio de Janeiro, o "homem de gelo", agora menos gelado, terá mais um herói pela frente. Quem será o rival? O "homem de ferro" espanhol Rafael Nadal, que fez três partidas em cerca de 24 horas, ou o "homem biônico" argentino Juan Martín Del Potro, que se recuperou de constantes lesões para chegar à semifinal dos Jogos Olímpicos?

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