Segurança para a Rio-2016 não terá mudanças após atentados na França

Autoridades afirmam que plano de defesa da Olimpíada não sofrerá alterações <br>expressivas, mas não escondem preocupação com eventuais ataques

Forças Armadas realizaram treinamento na última quinta-feira no Rio (Foto: Felipe Barra / MD)
Forças Armadas realizaram treinamento na última quinta-feira no Rio (Foto: Felipe Barra / MD)

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A ocorrência recente de atentados terroristas pelo mundo reforçou o alerta: o país-sede dos próximos Jogos Olímpicos, que começam daqui a oito meses, não está imune à ação de grupos extremistas em busca dos holofotes para divulgar seus feitos.

Embora o Brasil não tenha histórico de ataques, as autoridades envolvidas na Rio-2016 ouvidas pelo LANCE! não esconderam a preocupação, embora garantam que o plano original de combate ao terror não mudou desde os episódios em Paris (FRA) e outras cidades, em novembro.

– Não teremos mudanças expressivas após o atentado na França, mas há uma atenção pelo que ocorreu e uma necessidade de intensificar as ações – disse Marcelo Pedroso, presidente em exercício da Autoridade Pública Olímpica (APO).

O governo federal é o principal responsável pela segurança do evento. Diferentemente do que aconteceu na Copa do Mundo do ano passado, que contou com o trabalho de 15 mil agentes privados, o esquema da Olimpíada envolverá somente as Forças Nacionais.

'Não teremos mudanças expressivas após o atentado na França' - Marcelo Pedroso, presidente da APO

– Cada um conhece os seus inimigos. Em um evento desta magnitude, nós aprendemos sobre os inimigos do mundo todo. Precisamos estar preparados – afirmou Mario Andrada, diretor de comunicação do Comitê Organizador da Rio-2016.

Diante da falta de experiência em relação ao tema, o Brasil vem fazendo intercâmbio com países de atuação destacada na luta contra o terrorismo, como Estados Unidos, Inglaterra e Israel. Nações que já sediaram grandes eventos, como África do Sul e Austrália, também já receberam a visita de representantes das Forças Armadas brasileiras.

– As delegações de países identificados mais claramente como alvos de ações terão atenção (durante a Olimpíada). Vários são potenciais de atos desta natureza, por razões diferenciadas – disse Pedroso.

Uma demonstração de que eventuais ataques já estavam na pauta é que o país inaugurou em julho deste ano um centro de coordenação de combate ao terrorismo.

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