Para 2016, COB adota poucas mudanças em distribuição de verbas da Lei Agnelo/Piva

Confederações terão à disposição R$ 131 milhões para a preparação de atletas e outros projetos no ano em que o Brasil sediará os Jogos Olímpicos<br>

Carlos Arthur Nuzman (foto:divulgação)
Carlos Arthur Nuzman é o presidente do COB (foto:divulgação)

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No ano em que o Brasil competirá em casa na Olimpíada, no Rio de Janeiro, as confederações brasileiras terão a ajuda de R$ 131 milhões para a preparação de seus atletas para os Jogos.

O número acima foi divulgado ontem pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). O dinheiro é proveniente da Lei Agnelo/Piva, que destina uma porcentagem das loterias federais à entidade.

Até o ano passado, 2% do montante era dividido entre COB e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Desta vez, o comitê olímpico divulgou apenas a “fatia” que ficará com ela, de 1,7% das loterias.

No total, o COB recebeu do governo federal R$ 220 milhões por meio da Lei Agnelo/Piva.

Deste valor, as 29 confederações brasileiras olímpicas (com exceção do futebol) receberão diretamente R$ 98.280.600,00.

Outros R$ 32.719.400,00 serão destinados para projetos especiais das confederações, alinhados ao planejamento estratégico de preparação de atletas e equipes para os Jogos Olímpicos Rio-2016.

Já o COB ficará com R$ 56 milhões, para despesas administrativas e operacionais, e também para a missão brasileira na Rio-2016. Isto inclui os gastos nos centros de treinamento do Time Brasil para o evento (como por exemplo na Urca e na Escola Naval), e outros projetos do comitê presidido por Carlos Arthur Nuzman.

Confederações com mais verba

Em relação ao repasse feito pelo COB neste ano, as confederações olímpicas tiveram um aumento de R$ 13,3 milhões. Se para o ano que vem o montante é de R$ 131 mi, neste ano as 29 entidades dividiram um bolo de R$ 117,7 milhões.

Na divisão, não houve mudanças para o próximo ano. Cinco confederações continuam recebendo o teto: atletismo (CBAt), desportos aquáticos (CBDA), judô (CBJ), vela (CBVela) e vôlei/vôlei de praia (CBV). Em 2015, cada uma delas foi contemplada com R$ 3,9 milhões. Para o ano olímpico, serão R$ 4.554.000,00.

O COB não realizou mudanças mesmo com o desempenho de algumas modalidades terem ficado abaixo do esperado. É o caso do atletismo, que não foi bem no Pan de Toronto (apenas dois ouros).

Do outro lado, os esportes de inverno seguem recebendo a menor fatia: R$ 2.235.200,00.

Entenda a divisão dos recursos da Lei Agnelo-Piva

Arrecadação total: R$ 220 milhões
​Confederações - R$ 98.280.600,00 (valor distribuído às 29 confederações)
Projetos especiais - R$ 32.719.400,00 (também será aplicado nas confederações em projetos alinhados ao planejamento estratégico de preparação de atletas e equipes)
COB - R$ 56 milhões (verba será investida na Missão Brasileira na Rio-2016 e nas atividades operacionais e administrativas do comitê, entre outras áreas)
Esporte escolar - R$ 22 milhões (10% do montante, valor previsto em lei)
Esporte universitário - R$ 11 milhões (5% do montante, valor previsto em lei)

Como ficou a divisão da Lei Agnelo-Piva para as confederações (total de R$ 98.280.600,00)

Teto - R$ 4.554.000,00 
Atletismo (CBAt) - recebeu R$ 3.900.000,00 em 2015
Desportos Aquáticos (CBDA) - R$ 3.900.000,00 em 2015
Judô (CBJ) - R$ 3.900.000,00 em 2015
Vela (CBVela) -  R$ 3.900.000,00 em 2015
Vôlei (CBV) - R$ 3.900.000,00 em 2015

Segundo nível - R$ 4.389.000,00
Ginástica (CBG) - recebeu R$ 3.750.000,00 em 2015
Handebol (CBHb) - R$ 3.750.000,00 em 2015
Hipismo (CBH) - R$ 3.750.000,00 em 2015

Terceiro nível - R$ 4.334.000,00
Basquete (CBB) - recebeu R$ 3.700.000,00 em 2015

Quarto nível - R$ 3.836.800,00
Boxe (CBBoxe) - recebeu R$ 3.248.000,00 em 2015
Canoagem (CBCa) - R$ 3.248.000,00 em 2015
Ciclismo (CBC) - R$ 3.248.000,00 em 2015
Tênis de Mesa (CBTM) - R$ 3.248.000,00 em 2015

Quinto nível - R$ 3.713.600,00
Triatlo (CBTri) - recebeu R$ 3.136.000,00 em 2015

Sexto nível - R$ 3.467.200,00
Tiro esportivo (CBTE) - recebeu R$ 2.912.000,00 em 2015

Sétimo nível - R$ 3.344.000,00
Remo (CBR) - recebeu R$ 2.800.000,00 em 2015
Tênis (CBT) - R$ 2.800.000,00 em 2015

Oitavo nível - R$ 2.728.000,00
Lutas associadas (CBLA) - recebeu R$ 2.240.000,00 em 2015

Nono nivel - R$ 2.604.800,00
Pentatlo Moderno (CBPM) - recebeu R$ 2.128.000,00 em 2015

Décimo nível - R$ 2.481.600,00
Badminton (CBBd) - recebeu R$ 2.016.000,00 em 2015

11º nível - R$ 2.358.400,00
Esgrima (CBE) - recebeu R$ 1.904.000,00 em 2015
Golfe (CBG) - R$ 1.904.000,00 em 2015
Hóquei sobre a Grama (CBHG) - R$ 1.904.000,00 em 2015
Levantamento de Peso (CBLP) - R$ 1.904.000,00 em 2015
Rúgby (CBRu) - R$ 1.904.000,00 em 2015
Taekwondo (CBTKD) - R$ 1.904.000,00 em 2015

12º nível - R$ 2.235.200,00
Desportos na Neve (CBDN) - recebeu R$ 1.792.000,00 em 2015
Desportos no Gelo (CBDG) - R$ 1.792.000,00 em 2015

Comparação com os valores deste ano

Arrecadação total
2015 -
R$ 202,3 milhões
2016 - R$ 220 milhões

Repasse às confederações
2015 -
R$ 82.386.000,00
2016 - R$ 98.280.600,00

Verba para projetos especiais das confederações
2015 -
R$ 35.314.000,00
2016 - R$ 32.719.400,00

Repasse total às confederações (somando o repasse normal com a verba para projetos especiais)
​2015 - R$ 117,7 milhões
2016 - R$ 131 milhões

Esporte escolar
2015 -
R$ 20,2 milhões
2016 - R$ 22 milhões

Esporte universitário
2015 -
R$ 10,1 milhões 
2016 - R$ 11 milhões

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