Fronteiras e visto liberado são pontos de desconfiança para a Rio-2016
Segurança para a Olimpíada ganha os holofotes após atentados na França. Áreas foram alvo de críticas por serem supostas brechas no país

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Ao mesmo tempo em que as autoridades evitam alardear os riscos de ataques terroristas nos Jogos do ano que vem, o Brasil não está livre de falhas. A vulnerabilidade das fronteiras nacionais tem sido apontada como uma das dores de cabeça na tentativa de promover uma edição segura da Olimpíada.
Em novembro, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes, levou a público o problema. Ele disse que a falta de integração entre os órgãos de controle interno, como Polícia Federal, Polícia Militar e Receita Federal, preocupa e já foi notificada ao governo.
Procurado pelo LANCE!, o Ministério da Justiça rebateu as informações, em nota oficial.
“O trabalho é integrado entre as diversas instituições envolvidas, inclusive as que atuam na fronteira. O Ministério da Justiça passou a dedicar grande parte de seus investimentos para a região. De 2012 para cá, considerando o ano atual, somente o MJ já direcionou o total de R$ 953.540.539,00 para a faixa de fronteiras, não incluindo nesses gastos as despesas obrigatórias, como despesas de pessoal”, informou a pasta.
De quebra, o clima no comando militar da Olimpíada andou tumultuado recentemente. A chefia do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) foi alterada, com a saída do general do Exército José Carlos de Nardi, que deu lugar ao almirante Ademir Sobrinho.
A notícia veio após a presidente Dilma Rousseff sancionar a lei que isenta estrangeiros de visto até o dia 18 de setembro de 2016, com prazo de estada de até 90 dias. A decisão, que tem o objetivo de atrair mais turistas ao Brasil, é vista por alguns setores como prejudicial à fiscalização.
Apesar de os últimos grandes eventos terem sido apontados pelas autoridades como um sucesso em termos de segurança, falhas aconteceram. Na Copa do Mundo, um argentino que estava proibido de entrar no país foi detido em Brasília, e um grupo de chilenos sem ingresso invadiu o Maracanã.
A estratégia dos entes envolvidos no esquema de segurança dos Jogos tem sido evitar dar muitas explicações publicamente. A visão é de que há detalhes que precisam ser mantidos em sigilo para preservar a eficiência do modelo.
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