Crônica olímpica: ‘Afogar Trump, o último trabalho de Michael Phelps’

Antes das eleições norte-americanas, tumultuadas muito pelo polêmico Donald Trump, nadador busca aumentar sua coleção de medalhas olímpicas no Rio de Janeiro

Michael Phelps
 (Foto: Divulgação)

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Michael Phelps chega para sua quinta Olimpíada com um título pouco comum no esporte. Ele é o melhor de todos os tempos em sua modalidade. Dono de 22 medalhas, sendo 18 de ouro, o norte-americano de 31 anos é uma unanimidade. Um fenômeno capaz de nadar perfeitamente todos os estilos. Incontestável. Mesmo sem estar no auge, ainda vai disputar cinco provas e poderá aumentar a lenda.

Em outros esportes, alguns atletas buscam atingir o mesmo nível de aprovação de Phelps. No atletismo, o jamaicano Usain Bolt, se repetir no Rio o desempenho apresentado em Pequim e Londres, com certeza alcançará o mesmo patamar do nadador. Para isso, o velocista, de 29 anos, terá de ganhar pela terceira vez consecutiva os 100, 200 e o revezamento 4x100 metros. Desta forma, não deixará dúvidas de sua superioridade em comparação a mitos como Jesse Owens e Carl Lewis. “Quero ser como Pelé e Muhammad Ali”, costuma dizer o simpático corredor.

No tênis, um homem e uma mulher terão nos primeiros Jogos na América do Sul a possibilidade de enriquecer seus legados. Aos 34 anos, Serena Williams, que para muitos já superou Martina Navratilova no pódio das melhores da história, sabe que uma medalha de ouro vai fazer com que mais gente acredite nesta tese.

No tênis masculino, Novak Djokovic, de 29 anos, tem uma missão bem mais complicada e que deverá se estender pelos próximos anos, mas uma conquista olímpica vai aproximá-lo do suíço Roger Federer, apontado como o melhor tenista que já surgiu.

No judô, o francês Tedy Rinner é outro que se aproxima do status de Phelps. O grandalhão, de 27 anos, vai em busca do segundo ouro e já tem oito títulos mundiais.

Se na história do esporte Phelps já fez tudo e mais um pouco, nos Jogos do Rio ele terá outra função. Quando cair na piscina no Parque Olímpico, ele será responsável por aumentar o interesse norte-americano pelos Jogos, que hoje é de apenas 48%, segundo o correspondente da rádio Jovem Pan, em Nova York, Caio Blinder. O ainda pequeno interesse talvez seja por causa da proximidade eleições norte-americanas, tumultuadas muito pelo polêmico Donald Trump. Com certeza, o último trabalho de Phelps será o mais complicado.

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