COI fará queixa por faixa religiosa de Neymar, mas não aplicará punição

Segundo jornal, comitê enviará uma cartão de reclamação à missão brasileira; regulamento do COI veta manifestações de cunho comercial, político ou religioso nos pódios olímpicos

Neymar cobrou o pênalti decisivo para o Brasil bater a Alemanha nas penalidades e levar, enfim, o ouro olímpico
JUAN MABROMATA / AFP

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Na festa após a conquista da inédita medalha de ouro pelo futebol brasileiro, uma coisa chamou a atenção de dirigentes do Comitê Olímpico Internacional (COI): a faixa religiosa que Neymar ostentava na cabeça durante a cerimônia de premiação.  O adereço com os dizeres "100% Jesus" fere o regulamento do COI, que não permite manifestações de cunho comercial, político ou religioso nos pódios olímpicos. Por isso, o órgão prometeu enviar uma carta de reclamação à missão brasileira, segundo noticiou o jornal O Estado de S.Paulo.  Apesar disso, não deve haver punições ao atleta ou à a delegação brasileira. 

Ainda segundo o jornal, o COI considera que a atitude de Neymar ao usar a faixa foi apenas um deslize cometido pelo jogador e demais membros  da seleção que não o alertaram para o descumprimento da regra. O comitê também acredita que uma sanção mancharia a medalha de ouro conquistada pela Seleção, o que não é a intenção.

A "vista grossa" feita pelo COI no caso de Neymar é mais um episódio em que a entidade abriu mão de seu rigor contra mensagens consideradas alheias ao esporte durante os Jogos do Rio. Desde o início da Olimpíada, a organização vem aceitando as mensagens políticas e religiosas de torcedores nas arenas olímpicas, algo comumente proibido pelo Comitê em suas competições. A Justiça brasileira foi responsável pela decisão de permitir o pleno exercício da liberdade de expressão pelo público nas praças esportivas.

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