Os jogos entre equipes da América do Sul e da Europa na fase inicial do Mundial de Clubes tiveram nuances distintas do esperado. Clubes brasileiros iniciaram o embate surpreendendo com atuações dominantes sob temperaturas altas nos Estados Unidos, com direito a vitórias sobre gigantes do Velho Continente.
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Porém, os europeus viraram a chave em determinado momento, e passaram a depender de resultados na reta final, endurecendo os confrontos, inclusive diante dos argentinos. O Lance! relembra um pouco dos duelos e faz o balanço das lições para o mata-mata abaixo.
Dos seis representantes da Conmebol, os quatro brasileiros (Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo) avançaram à fase eliminatória, enquanto a dupla argentina formada por Boca Juniors e River Plate ficou pelo caminho. Os dois foram derrotados por Bayern de Munique e Inter de Milão, respectivamente, e os dois resultados negativos pesaram.
👎 A decepção de Boca e River no Mundial
Na chave do Boca, a eliminação era o destino mais provável, já que o Benfica também compunha a chave. No duelo entre os dois, os xeneizes abriram dois gols de vantagem, mas sofreram a reação mesmo tendo um homem a mais em campo. Já os Millonarios escorregaram no duelo com o Monterrey (MEX), empatando sem gols, e sucumbiram à força de uma Inter ainda machucada pela acachapante derrota na final da Champions, mas que se recupera sob o comando do novo treinador, Cristian Chivu. Os argentinos decepcionaram.
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🔥 Botafogo vai além do sonho
Mas falando em Champions, o atual campeão europeu sucumbiu ao vencedor da última Libertadores. Quem imaginava um atropelo do PSG sobre o Botafogo se surpreendeu com o nível de jogo e o resultado: 1 a 0 para os cariocas, com gol de Igor Jesus. O resultado se repetiu contra o Glorioso, já que o Atlético de Madrid venceu o duelo na última rodada; porém, com a necessidade de golear, os Colchoneros deram um precoce adeus ao torneio, vendo o time brasileiro calar os críticos e surpreender os céticos.
O resultado diante do PSG foi uma clara lição para o Botafogo e para os demais representantes do país verde e amarelo. É possível competir. É possível bater de frente, fazer um jogo digno e derrubar os europeus.
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🛞 Flamengo coloca ingleses na roda
E, rivalidade à parte, a motivação alvinegra foi transmitida ao Flamengo. Um dia depois de ver o Bota derrubar o PSG, o Rubro-Negro encarou o Chelsea de peito estufado. Saiu atrás no marcador, com falha de Wesley, mas teve resiliência suficiente para virar o duelo no segundo tempo. Não só o resultado: a equipe de Filipe Luís teve a bola no pé, propôs jogo e mereceu o resultado. Botou os ingleses na roda, com a permissão da literatura da Gávea.
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🟰 Palmeiras e Flu dominam, mas não furam
Fluminense e Palmeiras tiveram suas melhores atuações no intercontinental em clássicos diante de Borussia Dortmund e Porto, respectivamente. Mas para ambos, faltou o gol. Parados por grandes atuações dos goleiros Gregor Kobel e Cláudio Ramos, os dois mereceram mais a vitória do que os adversários, e pecaram em detalhes de último passe e conclusões. Mas forçar o tropeço dos oponentes foi positivo no final, já que conseguiram a classificação na última rodada, com cinco pontos cada um - o Verdão passou em primeiro na sua chave, e o Tricolor em segundo, atrás justamente do Borussia.
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Nas oitavas de final, a dupla Fla-Flu terá pela frente confrontos com os europeus. O Rubro-Negro enfrenta o Bayern de Munique no domingo (29), enquanto o Tricolor, no dia seguinte, duela com a Inter de Milão. Palmeiras e Botafogo duelam por uma vaga nas quartas, e quem avançar encontra Benfica ou Chelsea.
🧠 O que tirar de lição dos confrontos entre europeus e sul-americanos no Mundial?
Coloquemos na mesa as condições. Sim, há um forte calor nos Estados Unidos, com gramados secos e temperatura ambiente alta. Há o detalhe do calendário, já que os europeus vêm do fim de sua temporada, enquanto os brasileiros estão no auge da forma física. Mas o que fica para a história é o resultado e o desempenho; e de serem taxados como possíveis humilhados, os brasileiros demonstraram qualidade e assustaram o resto do mundo.
Vem aí uma nova fase do torneio. Perdeu, adeus. Venceu, avançou. A pressão é diferente, o destino também. Na fase de grupos, há tempo para remoer derrotas; na eliminatória, é necessário digerir um gol sofrido no lance seguinte. Mas o recado é claro: se a história inibiu o futebol brasileiro nos anos recentes, a realidade trata de nos lembrar que não perdemos o posto de país do ludopédio.
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