EA Sports terá de pagar R$ 6,5 milhões a jogadores catarinenses
Ação coletiva foi movida pelo Sindicato dos Atletas do estado
A EA Sports foi condenada em ação coletiva movida pelo Sindicato dos Atletas de Santa Catarina e terá de pagar direitos de imagem a jogadores presentes em jogos da publisher entre 2005 e 2014, mais precisamente os games da franquia FIFA e Fifa Manager. A empresa terá de pagar R$ 5 mil a cada atleta por edição de cada game mencionado no processo, que somam um pouco mais de 450 nomes. Isso representa R$ 3,7 milhões — com juros e correções, esse valor sobe para R$ 6,5 milhões. Cabe recurso.
Entenda melhor o caso
No processo, o departamento jurídico do Sindicato dos Atletas de Santa Catarina teve como base as imagens dos games produzidos entre 2005 e 2014, sempre com dois títulos por ano, um de cada franquia. Segundo a defesa da EA, os acordos de direitos de imagem dos jogadores foram negociados diretamente entre a FIFPro, que é o sindicato internacional dos atletas. Ao todo, são 65 mil filiados em 65 países - incluindo o Brasil.
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A diferença é que, por aqui, a negociação de direitos de imagem é feita individualmente com cada jogador. Isso explica porque, desde 2015, os jogadores brasileiros aparecem com nomes genéricos em FIFA. Por isso, o tribunal deu ganho de causa para o sindicato de Santa Catarina, uma vez que a licença firmada pela EA Sports com a FIFPro não tem validade em território nacional.
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De acordo com o pessoal do UOL Esporte, o sindicato internacional dos atletas de fato fez transferências para a Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol) durante o período em que a EA Sports produzia jogos com clubes brasileiros. No entanto, o atual presidente da Fenapaf, Felipe Leite, informou que os repasses feitos pela FIFPro não eram especificamente para os atletas, mas sim uma doação à entidade, que utilizava a verba para outros fins.