Pouca criatividade e pragmatismo marcam atuação ruim do Fluminense

Equipe comandada por Fernando Diniz tem desempenho irreconhecível, não cria nenhuma oportunidade clara de gol e empata com o Luverdense pela Copa do Brasil

Luverdense x Fluminense
Fluminense e Luverdense ficaram no 0 a 0 (Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)

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O Fluminense iniciou a terceira fase da Copa do Brasil com o pé esquerdo. Com uma atuação fraca tecnicamente e de poucas chances criadas, a equipe de Fernando Diniz empatou em 0 a 0 com o Luverdense, no Estádio Passo das Emas, em Lucas do Rio Verde-MT. 

A partida da volta será na próxima terça-feira, no Maracanã. Como a Copa do Brasil não possui o critério do gol qualificado fora de casa, qualquer empate no Rio de Janeiro leva a decisão para os pênaltis. O LANCE! mostra cinco pontos na fraca atuação do clube das Laranjeiras.

MEIO-CAMPO INOPERANTE

Luverdense x Fluminense
Muita luta, pouca criatividade: o cenário do meio-campo do Fluminense (Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)

Em uma equipe que preza pela posse da bola, o meio-campo é, provavelmente, o setor mais importante para o funcionamento do time. Talvez essa seja uma das razões que explique a atuação ruim do Fluminense, já que os jogadores que ocuparam a faixa central do campo pouco fizeram.

Famoso pelos rápidos toques de bola, a equipe treinada por Fernando Diniz esteve espaçada, sem nenhum atleta fazendo a transição de bola entre o meio e o ataque. O desempenho ruim passa muito pelo mal entendimento dos atletas centrais do Tricolor.

ATAQUE INOPERANTE

Luverdense x Fluminense
Everaldo, assim como todo o sistema ofensivo, pouco criou (Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)

O ataque também deixou a desejar. Um dos melhores ataques do Brasil na temporada, o Fluminense passou em branco pela primeira vez na competição em 2019. Assim como ocorreu no meio-campo, faltou entendimento entre os jogadores do pelotão de frente.

Everaldo, em raras jogadas individuais, era o que tentava criar alguma coisa, mas, quando o camisa 37 conseguiu passar da marcação adversária, não encontrou nenhum jogador posicionado na área para tentar finalizar a jogada. Os números explicam: foram apenas três chutes no alvo do Luverdense.

LATERAIS NÃO RENDERAM

Luverdense x Fluminense
Ezequiel jogou improvisado no lado esquerdo da defesa (Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)

Sem Airton, lesionado, Fernando Diniz resolveu escalar Caio Henrique, que vinha atuando como lateral-esquerdo, como volante. Na defesa, o treinador resolveu improvisar Ezequiel, que atua preferencialmente no lado oposto. Na direita, Gilberto, dono da posição, esteve em campo.

Nenhum dos laterais chegou a comprometer na defesa, apesar do ímpeto ofensivo do Luverdense no começo da partida, mas tampouco renderam no ataque. Gilberto foi uma constante opção pelo lado direito, aparecendo com frequência em uma posição adiantada do campo, mas teve um aproveitamento pífio nos cruzamentos e pouco agregou ao sistema ofensivo.

DOR DE CABEÇA

Luverdense x Fluminense
Fluminense mostrou dificuldades, mais uma vez, contra equipes recuadas (Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)

Antes de um derradeiro teste contra o Flamengo, adversário do próximo sábado, pela semifinal do Campeonato Carioca, a partida da Copa do Brasil deve colocar uma pulga na orelha de Fernando Diniz. 

É normal que um time de menor expressão entre em campo com a intenção de se defender, mas o Fluminense não criou nenhuma chance de perigo. Assim como a partida contra o Antofagasta, no Rio de Janeiro, o Tricolor não marcou gols - no duelo da Copa Sul-Americana, porém, o clube das Laranjeiras criou oportunidades e viu o goleiro adversário ser o principal destaque, defendendo as chances do esquadrão brasileiro. Dessa vez, nenhum trabalho para a defesa.

DEMOROU PARA MEXER

Luverdense x Fluminense
Flu ficou no 0 a 0 na Copa do Brasil (Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)

O primeiro tempo do Fluminense já havia sido abaixo do nível que a equipe geralmente apresenta. Apesar disso, Fernando Diniz retornou do intervalo com os mesmos jogadores, sem fazer alterações. Em certo momento, a partida não teve nada de destacável, já que o Tricolor não atacava e não era atacado.

Nesse contexto, uma mexida nos ânimos poderia ser útil. Na prática, porém, Fernando Diniz resolveu não mexer na parte ofensiva da equipe, promovendo a entrada do meio-campista Dodi no lugar de Ezequiel. Quando o assunto foi o ataque, o treinador fez mudanças apenas a partir dos 35 minutos, com as entradas de João Pedro e Danielzinho. Tarde demais.

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