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Lucas Borges
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 26/06/2025
17:52
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O presidente da Argentina, Javier Milei, usou as redes sociais para criticar duramente a gestão de Claudio Tapia, regente da Associação Argentina de Futebol (AFA), após as eliminações de Boca Juniors e River Plate na primeira rodada do Mundial de Clubes. O comentário de Milei reacendeu o debate sobre a privatização dos clubes argentinos e a entrada de capital privado no futebol local.

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Em uma postagem feita em seu perfil no Instagram, Milei comparou a eliminação das duas equipes argentinas com as campanhas bem-sucedidas dos clubes brasileiros no torneio, como Fluminense, Palmeiras, Botafogo e Flamengo. Segundo o presidente, a gestão de Tapia não tem levado o futebol argentino a resultados positivos e, por isso, criticou o modelo atual de clubes sem a presença de investimentos privados, conhecidos no Brasil como SAFs (Sociedades Anônimas de Futebol).

- Nem River, nem Boca Juniors. Nenhum argentino no Mundial de Clubes. O Brasil foi com quatro times, todos os quatro avançaram. Até quando vamos apontar o fracasso do modelo Chiqui Tapia? – escreveu Milei.

A crítica de Milei aconteceu logo após o River Plate ser derrotado por 2 a 0 pela Inter de Milão, em uma partida decisiva. No dia anterior, o Boca Juniors também foi eliminado após empatar por 1 a 1 com o modesto Auckland City, da Nova Zelândia, no mesmo torneio.

Milei volta a defender as SADs no futebol argentino

Além de criticar a gestão de Tapia, o presidente argentino voltou a defender a criação das SADs (Sociedades Anônimas Desportivas), modelo que permite o ingresso de investidores privados nos clubes de futebol. Para Milei, a entrada de capital privado seria fundamental para dar competitividade ao futebol argentino e garantir que o país não fique para trás no cenário global.

Presidente da Argentina, Javier Mileir (Foto: Tomas Cuesta/AFP)

- Um campeonato fraco, com 30 equipes, sem competitividade, sem SADs, sem incentivos. Não está à altura do tremendo público argentino que lota estádios ao redor do mundo – acrescentou Milei, destacando a grande presença de torcedores de Boca e River Plate nas partidas disputadas nos Estados Unidos, onde o Mundial de Clubes estava sendo realizado.

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A proposta de Milei sobre as SADs, que já vem sendo defendida desde o início de seu mandato em dezembro de 2023, gerou um confronto direto com a AFA e com dirigentes do futebol argentino, incluindo Tapia, que lidera uma administração contrária à privatização dos clubes.

Eleições da AFA e o impasse com as SADs

Milei já havia tentado implementar a entrada das SADs por meio de um decreto, mas a AFA bloqueou essa tentativa, mantendo a estrutura associativa atual dos clubes. Em outubro, Tapia foi reeleito para a presidência da AFA com apoio unânime dos clubes, e isso frustrou os planos de Milei de ver a privatização do futebol argentino se concretizar.

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Milei também fez questão de destacar que os clubes brasileiros – Flamengo, Palmeiras, Botafogo e Fluminense – tiveram sucesso no torneio, com todos avançando para as oitavas de final. Ele atribui esse bom desempenho à presença de investidores privados, especialmente no caso do Botafogo, que foi adquirido por um grupo de investidores.

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Agora, as campanhas decepcionantes de Boca Juniors e River Plate no Mundial de Clubes se tornaram um argumento poderoso para que Milei critique ainda mais a AFA. O Boca terminou em terceiro no Grupo C, sem vitórias e com uma eliminação precoce contra o Auckland City, enquanto o River Plate também ficou em terceiro no Grupo E, sendo derrotado pela Inter de Milão.

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