Campello: ‘Contrariei meu jurídico para que abrissem os portões’

Após conquista, Presidente do Vasco alega que confusão pode ter sido fundamental para a decisão do juiz: 'Recebi ligações dizendo que crianças estavam prensadas em grade'

Alexandre Campello  é o presidente do Vasco. Confira a seguir outras imagens na galeria especial do LANCE!
Presidente do Vasco comenta sobre decisão da abertura dos portões (Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br)

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Paralelamente ao jogo, a questão da abertura ou não dos portões foi muito forte durante o dia. O presidente do Vasco, Alexandre Campello comentou sobre a decisão acatada pelo juiz do Jecrim em liderar a torcida para entrar no Maracanã. Além disso, o mandatário afirmou que chegou a ser contrariado pelo seu jurídico, que achou que poderia descumprir a ordem judicial. 

- É da nossa conduta, que o Vasco sempre busca cumprir o que determina a lei. Tivemos esse procedimento em todo esse episódio. Buscamos sim reverter o quadro até o último momento, mas quando foi confirmado que não poderia fazer mais nada, acatamos a decisão judicial. Nós fomos chamados para uma reunião com o poder público, Polícia Militar e Procuradoria, e eles entendiam que o jogo deveria acontecer com portões abertos, com presença de torcida. Questionaram o Vasco sobre correr risco em arcar com a multa, e eu disse que sim. 

- O juiz, do Jecrim, entendeu de forma diferente Mas quando a partida começou, e vimos que a confusão começou, o que adiantamos, com agressão, tentativa de invasão, eu comecei a receber ligações de torcedores dizendo que tinha crianças sendo emprensadas. Assim, resolvi ir ao Jecrim, contrariando a decisão do meu jurídico, que achava que o juiz ia entender como desacato, o que não era minha intenção. Absolutamente, apresentei a situação que estava por vir e que estava acontecendo. Ele fez suas ponderações, mas em seguida pediu para abrir os portões. 


Alexandre Campello também comentou sobre a tradição do Vasco. E salientou que a torcida vascaína tem que está no estádios sempre. 

- Não é só a torcida. Vimos nesse episódio que mesmo grupos de oposição se uniram à direção para um bem maior. Os que pensam no Vasco se uniram para que tivéssemos essa vitória de colocar a nossa torcida onde sempre devia estar. São 63 anos de tradição. Vamos sempre lutar para preservar.

Trechos da coletiva: 

União
O Vasco sempre foi assim nos momentos difíceis, os vascaínos se unem em torno do que é melhor para o clube. Lutamos para que o jogo pudesse ser realizado, e da forma como nós, mandantes, tínhamos programado. Alguns da oposição se uniram e ajudaram muito. 

Atitude do Fluminense
Esse problema tem de ser resolvido com Fluminense e Maracanã. Porque o contrato diz que é só quando o Fluminense é mandante, e o Fluminense diz que independente disso ele escolhe o lado. Se me disserem que não posso ocupar o setor sul, eu não jogo no Maracanã. 


Carioca tem que acabar?
Eu sou totalmente contra prejudicar o campeonato regional, acho fundamental. A gente não pode esquecer que existem clubes de menor expressão que, além de formarem um número enorme de jogadores, também empregam muitos profissionais. Não são apenas os 11. 

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