Campello afirma que torcida do Vasco ficará no setor Sul do Maracanã

Presidente do Cruz-Maltino afirma que há um entendimento dos órgãos por trás da final da Taça Guanabara para que a torcida do clube de São Januário ocupe o lado direito do estádio

Alexandre Campello  é o presidente do Vasco. Confira a seguir outras imagens na galeria especial do LANCE!
Presidente do Vasco afirma que há um consenso para que torcida fique na Sul (Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br)

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A polêmica sobre os setores do Maracanã para a final da Taça Guanabara, entre Vasco e Fluminense, no próximo domingo permanece. Neste sábado, Alexandre Campello, presidente do Cruz-Maltino, afirmou que, após uma reunião, ainda não se chegou a uma conclusão com os representantes do Tricolor, mas que a torcida adversária terá a oportunidade de comprar, para o setor Norte, a mesma quantidade de ingressos que os vascaínos compraram para o Sul, que será congelado.

- Não chegamos a um consenso, mas existe um entendimento da federação, do GEPE, do Vasco, do próprio Maracanã de que, embora exista uma decisão liminar, ela não é possível de ser executada. Nós temos mais de 20 mil ingressos vendidos, com absoluta maioria desses comprada pela torcida do Vasco, que vai para o Setor Sul, não tem como mudar esse curso. Não existe a possibilidade de transferir a partida de estádio, então a definição que se chegou é que, respeitando à liminar, vamos suspender as vendas no setor Sul, vender para o setor Norte, da torcida do Fluminense, o limite do que foi vendido para a torcida do Vasco, e estará livre as vendas para os setores Leste e Oeste - afirmou.

O presidente do Vasco é enfático: ele afirma que a FERJ e o Consórcio Maracanã garantiram que o mandante da partida pode escolher qual torcida vai ocupar os setores do estádio. Em sorteio realizado antes das semifinais da Taça Guanabara, foi decidido que o vencedor do duelo entre Vasco e Resende seria o mandante da decisão do turno.

- A gente, após a reunião que decidiu que o vencedor de Vasco x Resende seria o mandante da final da Taça Guanabara, questionamos tanto à federação quanto ao Maracanã se o mandante poderia escolher e eles foram categóricos em afirmar que cabe ao mandante escolher o setor que vai ocupar no estádio. O Vasco estava com a posição clara de que, se não ocupasse o setor Sul, levaria o jogo para o Nilton Santos ou outro estádio, mas foi dito, pela federação e pelo consórcio, que quem escolhe o lado da torcida é o mandante. Só por isso eu escolhi o Maracanã como estádio da decisão, e fizemos toda a programação de ingressos em cima disso - confessou.

Apesar de existir um contrato entre Fluminense e o Consórcio Maracanã que indica que a torcida do Tricolor deve ocupar o setor Sul nos clássicos, Alexandre Campello afirma que não aceitou essa posição desde o início e que, por ser o mandante da partida, pode escolher essas questões de torcida, tanto que montou a operação de venda de ingressos totalmente voltada à esta posição das arquibancadas do estádio.

- Acho que vale frisar que o Fluminense tem o entendimento que possui esse direito (de ocupar o setor Sul), por outro lado, o Vasco possui um entendimento anterior e sempre jogou no setor Sul por 50 anos. Existia uma determinação, desde o início do novo Maracanã, que o Vasco sempre ocupou esse setor e o Fluminense passou a ocupar a partir desse novo contrato, se valendo do mesmo. Acontece que, desde o primeiro momento, a operação para esse jogo (final da Taça Guanabara) era diferente, já que foi realizada pelo consórcio Maracanã, que colocou os ingressos do Vasco para o setor Norte, mas nós nunca aceitamos esse posicionamento. Agora, o estádio nos colocou que não existia nenhuma força contratual que garantisse ao Fluminense o direito de ficar no setor Sul quando ele não fosse mandante. Nós entendemos que, se eu sou o mandante, se eu faço a festa, eu escolho como ela vai ser feita - frisou.

Campello afirma que não há nenhuma rixa entre as duas equipes e que Pedro Abad, presidente do Fluminense, participou de todas as reuniões entre as partes sobre esse assunto do posicionamento das torcidas no Maracanã para a final da Taça Guanabara.

- O presidente sempre esteve presente, mas ele não aceita. É importante frisar que não existe nenhum problema entre Vasco e Fluminense, sempre tivemos uma relação boa, mas nós entendemos que o Vasco tem seus direitos e eu vou sempre brigar pelos direitos do Vasco - contou.

Alexandre Campello frisa que o Fluminense, ao assinar o atual contrato com o consórcio Maracanã, quebrou uma tradição do futebol carioca, já que é preciso, de acordo com suas palavras, respeitar os costumes de um estádio que não possui dono.

- Eu acho que isso foi criado em 2013, quando o Fluminense firmou esse contrato e festejou, desrespeitando uma tradição. Não foi levado em consideração que o fato de que o Maracanã é um estádio público, que pertence ao estado do Rio de Janeiro, e que por mais de 50 o setor Sul foi utilizado pelo Vasco. A partir daquele momento, foi criado essa animosidade e ela perdura, e acho que vai perdurar até que a gente ache outra solução diferente - finalizou.

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