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Marc López revela que Nadal devolveu pneu em dobro e fala sobre tática: ‘Esperança’

Duplista, de apenas 1,75m, conquistou ouro olímpico das duplas masculinas junto a Rafael Nadal, no último sábado

López e Nadal com o ouro olímpico (Foto: Luis Acosta / AFP)
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Radiante após conquistar a medalha de ouro olímpica junto a seu grande Rafael Nadal, o espanhol Marc Lopez, 21º na lista masculina de duplas e atual campeão de Roland Garros, deu uma ótima entrevista ao diário espanhol “Marca”.

“É a primeira vez que não estou com a medalha no pescoço. No dia seguinte à conquista (sábado), fiquei o dia todo com ela, mas hoje a deixei na Vila (dos atletas). É um sonho, o máximo que um esportista pode almejar. Não tenho palavras (para descrever), ainda estou assimilando (o fato de) que ganhamos um ouro”.

Questionado sobre o ‘peso’ da medalha, Marc destacou a alegria pelo acontecimento. “Pesa de felicidade. Foram muitas emoções e nervos, mas, quando tudo termina, lhe entregam a medalha e você ouve o hino espanhol, sabe-se que tudo valeu a pena. São momentos que eu via pela televisão; poder vivê-los pessoalmente é o máximo”, disse o 24º colocado, para revelar, a seguir, que colocará a maior conquista da carreira junto a seu troféu de Grand Slam.

“Tenho a réplica do troféu de Roland Garros na sala de casa e imagino que a medalha também ficará por ali. É algo único, e quero conservá-la bem, situando-a num local onde eu possa vê-la a cada dia, para lembrar do momento”.

Vivendo um “momento único”, maneira como define os Jogos Olímpicos, o duplista de apenas 1,75m contou que queria ver, na Vila Olímpica, Usain Bolt e Michael Phelps, mas acabou ficando mesmo com as pratas da casa espanholas, como Rafael Nadal e Pau Gasol, maior expoente do basquete no país ibérico. Além disso, Lopez não é muito apegado a fotos, de forma que ele deu uma resposta divertida ao falar sobre o assunto, comparando o assédio das pessoas com ele e Nadal.

“Comigo, não tem muita gente (querendo tirar fotos), mas, com Rafa, todos. É um craque que nunca diz “não” como resposta (aos pedidos para fotografias). Eu tirei uma (com ele) após ganhar o ouro, mas porque estávamos juntos. Caso contrário, não teria feito nenhuma (foto com atleta algum)”.

O tenista de Barcelona ainda explicou que, apesar de sua parceria com o Touro Miúra ter muito sucesso – além de campeões olímpicos, eles conquistaram, juntos, Indian Wells e Doha, ambos duas vezes -, o fato de Rafa se dedicar tanto à simples não os deixa disputarem mais eventos juntos. Por causa disso, também, Marc tem seu parceiro fixo, o que não o deixa jogar com Nadal nas brechas que o atleta de Manacor tem – hoje, o parceiro de Lopez é o “xará” Feliciano Lopez, com quem ele conquistou Roland Garros, neste ano.

Perguntado se dá muitos conselhos ao ex-líder do ranking, o catalão inverteu totalmente o que as pessoas pensam da dupla. “Não! Eu sou, na teoria, o especialista (em duplas), mas o grande jogador da parceria é ele. (Ele) É quem leva o peso da dupla. Fico encantando, porque ele tem mais experiência, e estas partidas incluem muita tensão e nervosismo”.

“Não preparamos muita tática (para jogar as Olimpíadas), jogamos um pouco por instinto. Nos conhecemos muito bem. Rafa tem um jogo de fundo muito bem; na rede, lhe custa um pouco mais, porque ele não está tão acostumado a jogar duplas. Meu jogo também é de fundo, mas tentei melhorar muito na rede, e creio que consegui. Tenho um problema em meu saque, que não é exatamente bom, mas cada um tem suas armas. Táticas mesmo, usamos poucas. A melhor tática é jogar com esperança e dar tudo de si em cada ponto”.

Por último, o ex-top 3 de duplas exaltou a amizade dos campeões, dizendo que, tirando o fato de Nadal “não conseguir parar quieto” e Marc preferir descansar, eles têm muitos hobbies em comum, como jogar videogame, golfe, futebol e assistir filmes e séries. Relembrando a declaração que deu sobre ter ganho de Rafa por 6/0 no dia em que se conheceram, Lopez admitiu que, hoje, as coisas estão bem diferentes, e o amigo é quem vence os duelos, na quadra e no videogame.

“(Atualmente) Rafa me ganha em tudo, claro. No videogame, eu costumava ganhar, mas ele treinou e acabou me superando. No golfe, nunca ‘deu jogo’, ele sempre me venceu facilmente, e, no tênis, vou te contar uma coisa: ele me devolveu em dobro”, concluiu, mais uma vez de forma muito divertida, o gigante Marc Lopez.