Dupla do vôlei de praia quer ousar na Olimpíada com estilo fora do comum

Estreantes, Evandro e Pedro Solberg apostam em parceria de gigantes para tentar medalha, mas com qualidade defensiva e saque diferenciado. Dica de técnicos 'decidiu' classificação

Pedro e Evandro no Rio
Ao lado dos técnicos Renato França e Ednilson Costa, Pedro e Evandro atenderam a imprensa (Foto: Jonas Moura)

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Os estreantes Evandro e Pedro Solberg pretendem ousar nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que acontecem entre os dias 6 e 18 de agosto para o vôlei de praia. Gigantes de 2,10m e 1,94m, os atletas fogem do padrão da maioria das equipes, já que ambos têm como característica principal a qualidade no ataque e no bloqueio. O desafio nos últimos anos tem sido tirar proveito do fato.

Os cariocas formam a quarta melhor equipe no ranking da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) atualmente. Começaram a jogar juntos em outubro de 2014. Desde então, comprovaram ser possível aliar o formato ofensivo com as demandas de um bom fundo de quadra e saques eficientes.

–  Não somos especialistas no fundo. Esta não é nossa melhor arma. Porém, estamos cada vez melhores na defesa – analisou Pedro Solberg, de 30 anos.

No início do projeto, a receita era básica. O grandalhão Evandro seria o homem do bloqueio, enquanto Pedro focaria na defesa. Mas, por decisão dos técnicos Renato França e Ednislon Costa, passaram a se revezar nas funções. A pouco mais de uma semana para o início dos Jogos, comemoram a estratégia.

– Tivemos pouco tempo como dupla, mas acertamos mais do que erramos. Começamos com o Evandro de bloqueador, algo que o Renato e o Ed logo mudaram. Foi fundamental, porque o Evandro, que já era um grande sacador, passou a sacar melhor ainda – lembrou Pedro, sem esconder que já temeu pelo caráter inovador do conjunto no time nacional. 

– O Evandro é um cara muito grande. No início, tivemos a impressão de que talvez fosse ser difícil na defesa, mas ele demonstrou ser um ótimo defensor. Foi uma grande surpresa, graças à opção de nossos treinadores. Algo decisivo para a nossa classificação – completou o jogador.

Poucas duplas adotam a mesma característica no Circuito Mundial atualmente. Em geral, a opção dos atletas é formar um time com um nome mais eficiente no bloqueio e outro na defesa e no saque. É o caso de Alison/Bruno Schmidt, outra parceria do Brasil classificada para a Olimpíada e líderes do ranking. 

– O revezamento me ajudou bastante, para eu ficar mais solto no saque. Foi uma arma fundamental. – reconhece Evandro, de 26 anos.

A dupla estreia na Olimpíada contra os cubanos Diaz e Gonzalez. Pelo grupo B, eles terão ainda pela frente os letões Samoilovs e Smedins, e os canadenses Saxton e Schalk.

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