O Palmeiras formalizou, nesta terça-feira (30), uma reclamação oficial à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sobre o estado do gramado da Arena Fonte Nova, em Salvador, palco da partida diante do Bahia, no domingo (28). A equipe mandante venceu por 1 a 0.
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A reclamação surgiu principalmente após o clube perder Lucas Evangelista e Piquerez com dores ainda no primeiro tempo. O volante teve lesão confirmada, enquanto o lateral não apresentou problemas graves.
As próprias imagens da transmissão mostraram que os uniformes de alguns jogadores ficaram manchados com um produto verde usado na grama da arena. Em súmula, o árbitro Anderson Daronco registrou que o campo "não apresentava boas condições para a prática do futebol".
A situação ganhou ainda mais polêmica quando Abel Ferreira afirmou que a entidade máxima do futebol brasileiro não deveria aceitar campos de futebol "nessas condições" em um campeonato de alto nível.
— É difícil. Não estamos preparados para esse tipo de situação, nem para jogar em um campo assim. Estamos falando de futebol de alto nível, profissional. Isso deveria ser inadmissível. As lesões surgem pelas condições do gramado, porque o pé fica preso. Conseguem ver que o gramado é pintado. Não consigo entender — criticou o treinador palmeirense.
— Podemos arranjar todas as desculpas, dizer que foi o cansaço do jogador, que o treinador substituiu mal… Lamento as lesões. Como nós queremos jogar futebol num gramado desse? Não dá para criar. A equipe que foi mais feliz foi em uma ação individual de um jogador canhoto que arrematou com o pé direito. Tivemos as mesmas oportunidades. Foi um jogo disputado. O gramado parecia de rachão — completou Abel Ferreira.
Por outro lado, Rogério Ceni, técnico do Bahia, criticou o comentário de Abel Ferreira em relação ao gramado e disse que o Palmeiras só faz ligação direta para os jogadores do setor ofensivo, portanto, o gramado ruim é mais prejudicial ao time da casa.
— Acho que a cor do gramado estava feia, realmente. Para o Palmeiras, é melhor o gramado ruim, porque eles só fazem ligação direta, quase. A característica do jogo deles é Weverton para Flaco López e depois Vitor Roque, na frente. Para a gente, prejudica mais, porque jogamos desde trás com a bola no chão. Nós também gostaríamos que o gramado estivesse em melhor condição, mas atrapalhou muito mais para nós do que para eles — comentou Rogério Ceni.
Anderson Barros sai em defesa de Abel Ferreira
Nesta segunda-feira (30), Anderson Barros, diretor do Palmeiras, afirmou que a fala de Rogério Ceni sobre o estilo de jogo de Abel Ferreira tem "uma questão ética complicada".
— Sempre que o Palmeiras faz uma reclamação, é pelo bem do futebol. É para tentar fazer com que o futebol brasileiro evolua. Em momento algum, nós culpamos o campo ruim da Fonte Nova pelo resultado de ontem. Tanto que nós já falamos sobre a qualidade do gramado antes mesmo de a partida começar. O Abel falou a respeito na entrevista pré-jogo e eu informei alguns repórteres que estavam no estádio que faríamos uma queixa formal à CBF — comentou Anderson Barros.
— Não podemos permitir que um jogo de Série A seja disputado em um campo como o da Fonte Nova. Ele não é ruim para o Palmeiras. Ele é ruim para o Bahia, é ruim para os demais clubes, é ruim para os atletas, é ruim para o nosso futebol — completou.