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Parceiras olímpicas se reencontram na Semana de Vela de Ilhabela

Se recuperando de um câncer, Tatiana Almeida volta às competições após dois anos e tem como companheiras de barco as irmãs Renata e Fernanda Decnop

As três velejadoras fizeram juntas a campanha olímpica para os Jogos de Londres-2012
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Intitulada por diversos competidores como a 'festa da vela brasileira', a Semana de Vela de Ilhabela colocou no mesmo barco antigas parceiras da campanha olímpica de Londres-2012 na classe match race. As irmãs Renata e Fernanda Decnop e Tatiana Almeida estão, uma vez mais, à bordo de um mesmo barco, o Kaikias, da classe C30. 

​Após iniciar o ciclo para a Rio-2016, Tatiana foi obrigada a pausar a carreira para tratar de um câncer de pâncreas com metástase no fígado. Parada durante dois anos para fazer o tratamento - a doença foi descoberta em 2015 - a carioca foi obrigada a ficar longe do mar, já que não podia tomar sol ou fazer esforço. 

Voltando aos poucos à rotina que tinha antes do diagnóstico, ela faz a sua reestreia às competições de vela na capital da modalidade. 

- Para mim vir para cá foi uma emoção muito grande. Poder retornar a uma vida normal e competir, que é uma coisa que eu amo. Estar aqui com os amigos, com a Nanda e a Renata é impagável - conta a atleta. 

Sua companheira de barco, Fernanda Decnop também pausou a carreira após a Rio-2016 - onde participou na classe Laser Radial - a medalhista de bronze no Pan de Toronto pensou em se aposentar. 

- A minha ideia era me aposentar após a Rio-2016, porque além de velejar eu sou veterinária. Os Jogos do Rio eram o meu objetivo principal. Cumprido isso, eu estava pensando realmente em deixar a carreira de atleta de vela.

Sobre o futuro, como o ciclo olímpico para Tóquio-2020, ambas as atletas não tem uma decisão definitiva. 

- Com relação ao ciclo olímpico, ainda é cedo. Eu ainda estou me recuperando da cirurgia, tanto que eu estou realizando menos atividade no barco do que eu deveria. A atividade exige muita força e físico e eu ainda preciso trabalhar isso. Um ciclo olímpico exige muito do físico então é uma coisa que eu tenho que estudar - afirma Tatiana.

- Estão surgindo oportunidades novas que ainda estão em projeto. Ainda estou pensando sobre a possibilidade de voltar a velejar - completa Fernanda, que vê na recuperação da amiga, um motivo para seguir na modalidade:

- Volta a velejar com a Tati é incrível, porque eu e a Renata somos muito parceiras dela. A gente ficou ao lado dela nesta luta e para gente foi uma grande conquista ela ter conseguido superar essa e a felicidade que ela emana depois de ter passado por isso é contagiante.

A questão financeira, porém, é o que mais preocupa Decnop. Esta é a última competição dela com o patrocínio da Marinha do Brasil.

- O que pesa bastante é a parte financeira. O atleta sofre muito pelo financeiro depois de uma Olimpíada que os investimentos vão lá para baixo. Vamos ver, é uma incógnita ainda.

Grande festa em Ilhabela

Apesar de serem atletas de alto rendimento, tanto Fernanda quanto Tatiana ressaltam a celebração da modalidade que ocorre na ilha paulista. 

- Isso aqui é a festa da vela brasileira. É um prazer estar em águas paulistas velejando e curtindo este clima maravilhoso que veio para gente em pleno inverno - conta Fernanda.

Já Tatiana ressalta a integração entre diversas gerações e profissionais e amadores que a competição proporciona.

- Eu acho extremamente importante fazer essa integração para você incentivar o esporte. Eu não comecei a velejar criancinha, só comecei com mais de 26 anos e a maioria das pessoas que estiveram aqui comigo velejam desde os seis ou sete. Você ter uma criança com um ídolo ao seu lado, podendo interagir com ele, incentiva muito a criança a ser cada vez melhor e entrar no esporte, não crescer e acabar deixando para lá. Essa interação é importante para qualquer esporte