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Após dois vices, Bauru conquista título inédito do NBB

O Dragão consegue virar a série contra o Paulistano e coloca um ponto final na hegemonia de Flamengo e Brasília na competição

Bauru consegue a virada em cinco jogos e é campeão no NBB Divulgação
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Após bater na trave duas vezes, o Gocil/Bauru Bascket é o campeão da nona edição do NBB. Depois de ver o Paulistano/Corpore abrir 2 a 0 na série das finais, o Dragão mostrou garra e experiência, levou a decisão para o jogo cinco e, em um Gigantão lotado (5 mil pessoas) fez 92 a 73 e levou o caneco. Os jogadores nem esperaram o cronometro zerar. Com menos de um minutos, os jogadores invadiram a quadra e deram início a festa bauruense em Araraquara (SP).

Quinto colocado na fase de classificação, o time bauruense impôs um forte ritmo de jogo desde o início da decisão, manteve sua defesa consistente e, na reta final, mostrou que, após dois vice, estava pronta para ser campeã. O time foi crescendo no decorrer da partida, espremendo o Paulistano, que encontrava cada vez mais dificuldades para encontrar seu jogo.

O grande destaque do Bauru na decisão foi Alex Garcia. Além de ser o maior pontuador da partida (24 pontos), ele foi o responsável por lindas enterradas que levaram a torcida do Gigantão a loucura. O Brabo foi eleito o MVP (Jogador Mais Valioso) da final e disputa o MVP da temporada.

-O MVP é consequência do que fazemos no jogo. O que queríamos mesmo era esse título. Depois de duas temporadas sendo vice, o time precisava vencer. Jogamos muita bola nos últimos dois jogos e nesse quinto jogo aqui em Araraquara mostramos muita garra. O time foi muito guerreiro na defesa e quando tínhamos a bola na mão tivemos tranquilidade para trabalhar e buscar a vantagem no placar e vencer. É um título para nós, é o título para a nossa cidade - disse o capitão do Bauru.

Além dele, o mais novo papai do time, Gegê, entrou na história do NBB, ao ser campeão da competição pela quinta vez consecutiva.Ele iguala o número de tentos de Marcelinho Machado (Flamengo).

Pelo lado do Paulistano, que amarga o segundo vice-campeonato, o destaque foi o experiente Renato. O camisa 33 foi o principal pontuador (20), reboteiro (7)  - ao lado de Georginho - e, de quebra, líder em assistências (4).

Com o título, o Bauru encerra a hegemonia de Flamengo e Brasília no topo do basquete brasileiro. O time carioca soma cinco títulos e o da capital paulista, três. A final da nona edição, já era a primeira da história da competição sem uma destas duas equipes.

- O troféu é para consagrar o trabalho de um time, de uma família. A temporada foi longa. O mais importante agora é comemorar. Muitas vezes fui questionado, mas acredito demais no meu trabalho e na minha filosofia. A partir do momento que o nosso time teve confiança ele se transformou. Nos transformamos constantemente ao longo da temporada, então acho que todo o trabalho calejou a equipe e a partir do momento que a gente encaixou conseguimos dar um padrão de jogo e não deixamos de acreditamos até o final - destacou o comandante Demétrius.

Como foi a decisão

A partida começou bastante disputada, com o Paulistano apresentando um ótimo aproveitamento nos rebotes ofensivos, diferentemente do Bauru, que apresentou dificuldades neste fundamento durante os dois primeiros períodos - apenas dois contra 11 do alvirrubro. A primeira metade da partida ainda contou com muitas tentativas de arremessos de três pontos, sendo o Dragão com maior eficiência - 46,2% contra 31,3%. 

Mesmo com o mandante a frente durante grande parte do primeiro quarto, a partida era disputada, com ambas as equipes imprimindo um forte ritmo e buscando a vitória. Contudo, a forte defesa bauruense - melhor do campeonato - foi crucial para que o time que disputa sua terceira final de NBB seguisse à frente no marcador.

Na reta final do primeiro período, o clima esquentou em quadra, após falta antidesportiva de Eddy no bauruense Shilton. O camisa 33 alvirrubro atingiu, com o braço, o pescoço do adversário. A arbitragem prontamente interviu, impedindo uma possível confusão.

No segundo período, o Bauru manteve-se à frente do placar e, com uma defesa sólida, somado a um potente ataque, complicou a vida do Paulistano. O Dragão conseguiu também melhorar os seus rebotes – um problema no primeiro quarto. Nos minutos finais, o time bauruense caiu de produção e permitiu que o time da capital paulista ficasse a apenas um ponto atrás. Porém, Demétrius parou a partida, chamou a atenção dos jogadores que terminaram a primeira metade da partida com sete pontos de vantagem.

A grande dificuldade do alvirrubro até o momento é conseguir converter o bom aproveitamento nos rebotes e o intenso ritmo de jogo em cestas - o time tem apenas 37 de eficiência contra 53 do Bauru.

Tendo Renato como principal jogador - líder em pontos, rebotes e assistências na primeira metade da decisão - o Paulistano entrou determinado em diminuir a vantagem. Contudo, a equipe ficou vulnerável defensivamente e permitiu o crescimento do Bauru, que abriu 10 pontos faltando quatro minutos para o fim do terceiro quarto. O Dragão seguiu apresentando um excelente basquete, sem deixar o alvirrubro respirar e foi para os dez minutos finais com 14 pontos de vantagem.

O último período foi todo do Bauru. Tranquilo, o time deixou a pressão toda nas costas do Paulistano, que cada vez se complicava mais, e impôs o seu ritmo de jogo. Com defesa eficiente e explorando muito bem as trocas de bola, o Dragão soube administrar a quente decisão para sair com a vitória e mais uma virada em cinco jogos (a primeira foi contra o E.C. Pinheiros na semifinal). Gustavinho De Conti ainda tentou usar os gritos de "É Campeão" da torcida bauruense faltando seis minutos para o fim da partida para motivar seus jogadores, mas a jovem equipe da capital paulista (21,9 média de idade) não esboçou reação.