Roger Machado é uma aposta de risco do Palmeiras. E o Palmeiras é o maior desafio da curta mais intensa carreira do técnico. O placar de Roger, por enquanto, está empatado. Fez um belo trabalho no Grêmio, preparando a base que com Renato venceu a Copa do Brasil do ano passado e pode chegar ao título da Libertadores. Mas não se firmou no Atlético-MG, apesar do alto investimento do Galo para a temporada.
O título mineiro e uma boa campanha na primeira fase da Liberta não foram suficientes para mantê-lo muito tempo no cargo. Mário Marra afirma em seu blog (leia aqui a íntegra do texto) que o técnico foi bem no Grêmio no trabalho ofensivo e bem no Atlético no trabalho defensivo. Falta acertar todo o conjunto. O Palmeiras será a prova dos nove para um treinador que respira futebol, é um estudioso permanente do jogo e de todas as suas dimensões. As fichas estão na mesa.
Seguindo a cartilha
A contratação de Roger não chega a ser surpreendente. O namoro já vinha de longe, desde que Cuca saiu. Ao contrário do que tem sido a rotina do futebol brasileiro, dessa vez o Palmeiras fez tudo certo. Comunicou com antecedência a Alberto Valentim que ele não seria efetivado e como reconhecimento ao bom trabalho como interino, ofereceu para que permaneça como auxiliar. Só então confirmou a chegada do novo técnico.
É o momento certo. Roger poderá analisar os jogadores – ainda que certamente já venha fazendo isso faz tempo -, poderá influenciar na montagem de um elenco adequado ao seu estilo de jogo. Chance que Eduardo Baptista desperdiçou e Cuca não conseguiu ter. Aliás, essa foi a preocupação do treinador ao recusar convite do Flamengo para substituir Zé Ricardo. Não queria um emprego de meio de temporada, pegar o bonde andando. A chegada ao Verdão mostra que foi uma opção correta. Tomara que dê certo. Vai ajudar a reforçar a tese de que trocar de técnico não é pecado. Desde que na hora e do jeito certo.