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“Requer tempo para EUA igualarem a Inglaterra”, diz pentacampeão

Kleberson, meio-campista do Fort Lauderdale Strikers, crê que futebol dos Estados Unidos se aproximará daquele praticado na Premier League e em outras principais ligas do mundo

Kleberson (Foto: Site Oficial / Indy Eleven)
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Campeão mundial e contratado a peso de ouro pelo Manchester United, um dos maiores times do mundo. A carreira de Kleberson deu voltas e, hoje, ele defende o modesto Fort Lauderdale Strikers, clube presidido por Ronaldo que disputa uma espécie de segunda divisão dos Estados Unidos. Em sua terceira temporada na Terra do Tio Sam, ele não titubeia e aposta que as ligas locais se aproximarão em breve da Barclays Premier League.

– Eu acho que, sem dúvida nenhuma, nesses outros lugares, a qualidade é muito maior, mas porque esses outros países praticam o futebol há muito tempo. Os Estados Unidos vai chegar a esse nível. Vejo crianças jogando futebol nos campos e escolinhas. Vai ter uma evolução muito grande daqui uns anos. Os Estados Unidos podem chegar ao nível da Inglaterra ou do Brasil. Agora é questão de tempo para os Estados Unidos chegar a este patamar – afirmou, em entrevista exclusiva.

Há três semanas na Florida, o jogador já passou pelo Philadelphia Union, que disputa a Major League Soccer (MLS), e pelo Indy Eleven, que participa da North American League Soccer (NASL), mesma divisão de sua equipe atual.

Em conversa com a equipe do LANCE! no estádio da Florida Atlantic University (FAU), antes do duelo entre Fort Lauderdale Strikers e Independiente Santa Fe, da Colômbia, pela Florida Cup, ele explicou por que se mudou para os Estados Unidos, fez as suas considerações sobre Ronaldo Fenômeno, seu chefe na atualidade, e contou o que costuma fazer com a família no país. Confira este bate-papo exclusivo:

LANCE!: O que trouxe você ao Fort Lauderdale Strikers?
Eu acho que o que me levou a vir para cá, a pensar, não só a cidade, por ser mais próximo do Brasil, por ter uma comunidade brasileira maior, mas também o projeto que o clube me apresentou. O estilo de futebol do Strikers, tudo isso me deixou muito à vontade para vir. Não pensei duas vezes, preferi vir para cá. Estava em Indianápolis há dois anos e já vi o Strikers chegar duas vezes próximo do título do campeonato. Então, estou vindo neste projeto para tentar ajudar o Strikers a conseguir o título.

LANCE!: Qual a diferença do futebol praticado nos Estados Unidos para as outras ligas que você jogou?
Eu acho que, sem dúvida nenhuma, nesses outros lugares, a qualidade é muito maior, mas porque esses outros países praticam o futebol há muito tempo. Os Estados Unidos vai chegar a esse nível. Vejo crianças jogando futebol nos campos e escolinhas. Vai ter uma evolução muito grande daqui uns anos. Os Estados Unidos podem chegar ao nível da Inglaterra ou do Brasil. Agora é questão de tempo para os Estados Unidos chegar a este patamar.

LANCE!: O que pessoas como você e Ronaldo podem passar para o futebol nos Estados Unidos?
O legal é a experiência que a gente passa dentro do futebol. Tenho 16 anos de carreira. Tive a oportunidade de ser campeão do mundo. É um momento de transferir esse aprendizado com os meninos que estão subindo. É um momento de troca de experiência. Isso ajuda bastante no desenvolvimento da meninada. É um dos motivos para eles terem me trazido para cá.

LANCE!: Você passa experiência aos americanos e o que eles te dão em troca?
Sem dúvida nenhuma, a questão da família é muito importante. Para os meus filhos, para a minha família, aqui nos Estados Unidos, é muito importante para eles. Eu vou aprender também, descobrir um pouco mais sobre a evolução do futebol. Onde o futebol pode chegar. Daqui uns anos, os Estados Unidos podem chegar a um patamar muito grande de futebol. Daqui uns anos, eu posso trabalhar tudo isso na condição de treinador ou na área do marketing.

LANCE!: Como é a relação entre torcida e jogador nos Estados Unidos?
A gente vê o torcedor comparecendo ao estádio. A gente vê o torcedor, fora do estádio, perguntando como vai ser o time, como serão os jogos, quais são os jogadores que chegaram. A gente vê o envolvimento muito grande das crianças com o futebol. É hora de trazer essas crianças para o lado do soccer nos Estados Unidos.

LANCE!: O que você costuma fazer no tempo livre nos Estados Unidos?
Aqui você tem muita coisa para fazer com a família. É até difícil fazer tudo, então a gente costuma fazer o que os amigos estão fazendo. Eu procuro, no tempo livre, estar com a minha família, fazendo um bom passeio, ir a um restaurante. Às vezes, meu filho joga um campeonato de futebol da escola e a gente vai assistir. Frequentamos casas de alguns amigos para matar um pouco da saudade do Brasil. Essa facilidade que encontramos aqui na América é muito boa. Eles são muito patriotas e, nas datas comemorativas, a gente costuma viver um pouco da cultura dos Estados Unidos.

LANCE!: Você foi parceiro do Ronaldo na Seleção. Como é o contato com ele como chefe agora?
É legal, até interessante. Há um tempo, estávamos juntos. Hoje ele é a pessoa que comanda o clube. Eu tenho um carinho muito grande por ele, pela história no futebol e pela pessoa que ele é. Ele me passou muita confiança no Mundial de 2002. Então, está sendo muito legal, uma experiência boa. Espero que, no final da temporada, a gente consiga conquistar o título, que é o nosso objetivo.