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Arão responde se já pensou em deixar o Flamengo e sobre batidas de falta

Com mais de 230 jogos pelo clube, volante do Rubro-Negro conversou com Zico, via YouTube, e também falou da importância de Jorge Jesus, além do gol mais marcante

Arão teve persistência, suportou as críticas e foi destaque na Libertadores-2019 (Foto: LUKA GONZALES / AFP)
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Desde 2016 no Flamengo, Willian Arão é um dos jogadores mais longevos do atual elenco. O volante já passou por altos e baixos, vaias, xingamentos e reverências, mas nunca pensou em deixar o clube. É o que o próprio camisa 5 revelou, em entrevista ao Canal Zico 10, no YouTube.

- Até 2017, estávamos chegando a todas as finais e sabíamos que estávamos muito próximos disso, apesar das cobranças naturais que têm no Flamengo. Em 2018, com o Carpegiani na época, deixou o time teoricamente titular para treinar um pouco mais. Quando íamos estrear, eu machuquei. Depois, continuaram jogando sem mim e todos começaram a falar que eu não prestava mais, não valia, estava mal... Aí eu pensava assim: "Tenho consciência quando vem uma crítica construtiva, que faz parte da minha vida também, reconhecer e buscar melhorar". Mas quando trata-se de uma perseguição e algo sem sentido, tem que manter a cabeça no lugar. Fui muito tranquilo em relação a isso, mas nunca pensei em sair do Flamengo - disse, completando:

- Chegaram muitas propostas para eu sair, porém eu disse que o meu foco era ficar. Só sairia se o Flamengo não quisesse mais os meus serviços. Carpegiani e, depois, o (Maurício) Barbieri, que me deixou no banco, quiseram que eu ficasse e falaram que contavam comigo. Mais para o fim de 2018, em agosto mais ou menos, eu voltei a jogar e o time teve um crescimento, fiz gols, terminei bem o ano. Chegou 2019 e voltou tudo de novo... Contrataram estrelas, Gabriel, Arrascaeta... E a torcida queria que todo mundo jogasse. E aí sobrava para quem? Para o Arão (risos). E o Arão está ali, sobrevivendo, trabalhando firme. Eu sei que posso melhorar, dar mais. Tive equilíbrio para me restabelecer e me manter, apesar de um monte de gente me criticar e falar coisas que eu não considero verdade. Continuei trabalhando e agarrei a minha chance, tanto que estou no time até hoje.

Zico entrevistou Arão para o seu canal (Foto: Reprodução / YouTube)

Arão soma 235 jogos e 23 gols com a camisa do Flamengo. O volante busca, agora, ser um dos cobradores de falta da equipe, que é, dentre todas as da Série A do Campeonato Brasileiro, a que possui o maior jejum neste quesito - não marca desde junho de 2018, com Diego Ribas (veja mais aqui).

- No Flamengo, fiz bastante (gol entrando na área), num determinando momento estavam falando que eu era mais atacante do que volante, muitos gols de cabeça (risos). Estou sempre tentando me aprimorar, já fui o maior ladrão de bolas do Brasileiro, do time... Quero continuar crescendo, estou tentando bater falta também - disse, recebendo a seguinte brincadeira de Zico:

- Pois é, estamos precisando, pô. Vai lá, bateu uma, bateu na trave, pega a bola, manda todo mundo sair e tenta de novo. Comigo, na Seleção, começou assim (risos). 

Confira outros trechos do bate-papo entre Willian Arão e Zico:

GOL MAIS MARCANTE

- Fiz um gol no 3 a 3 pela Sul-Americana (de 2017, contra o Fluminense), que nos deu a vaga para a semifinal. Fizemos um gol aos 38 (com Felipe Vizeu) minutos e eu pude fazer, de cabeça, já aos 42 (empatando o clássico).

CHEGADA E IMPORTÂNCIA DE JORGE JESUS

- Depois daquele amistoso (contra o Madureira), todo mundo falou: "Agora que o Arão vai sair, até o treinador está dizendo que ele está mal". Mas não sabiam o porquê ele estava dizendo aquilo ("Tá mal, Arão!"). Ele conversou comigo, viu as movimentações, tínhamos só dez dias de trabalho, explicou o que queria, mas, com esse curto período, você esquece uma coisa ou outra no calor do jogo. Quando tive a oportunidade, dei a minha vida para aproveitar a chance e não dar brecha, e seguirei assim até quando ele (Jesus) optar por mim.

FUNÇÃO DE PRIMEIRO VOLANTE

- Na minha formação, joguei de primeiro volante no São Paulo, na Espanha e no Corinthians. Só no Botafogo que eu me tornei um segundo volante. A função não era nova para mim, mas ele (Jesus) pedia muitas coisas que eu nem sabia, das quais nenhum treinador tinha pedido para mim. Abracei e me senti capaz de fazer, e muito bem, assim como o time todo também, e crescemos. E os títulos e jogos bonitos vieram.

A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA