Joaquín Correa precisou de quatro meses para começar a brilhar pelo Botafogo. Foi o tempo entre a estreia e o primeiro gol - que veio logo em dose dupla diante do Santos. Na partida mais recente, o clássico contra o Vasco, não balançou as redes, mas teve grande atuação. Antes criticado, o argentino se adaptou e virou protagonista alvinegro.
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O meia chegou ao Glorioso na fogueira: reforçou a equipe de Renato Paiva para o Mundial de Clubes após um mês de férias. Não jogava desde o dia 23 de maio até entrar em campo contra o Seattle Sounders, no dia 15 de junho. Na época, a torcida estava carente de um novo craque - o time perdeu Luiz Henrique e Almada - e não se convenceu com as primeiras impressões de "Tucu", como é apelidado.
Aos poucos, porém, Correa mostra os motivos pelos quais vestiu as camisas de Inter de Milão, Lazio, Sampdoria, Sevilla e Olympique de Marseille, além da seleção argentina. O meia já exibia desde a chegada ao Botafogo sua versatilidade no ataque e capacidade de movimentação em campo, mas passou a entender melhor os companheiros, o futebol brasileiro e, consequentemente, tomar melhores decisões técnicas.
A trajetória de Joaquín reforça a importância da adaptação. A torcida alvinegra sabe que existem jogadores que chegam brilhando, como Thiago Almada. Mas outros levam mais tempo para se encontrar, seja vindo de fora para o Brasil ou o contrário. É um caso que mostra que a paciência da comissão técnica com um atleta qualificado, até blindando de críticas da torcida muitas vezes, pode dar ótimos frutos.
Segundo o técnico Davide Ancelotti, Correa está chegando agora ao fim do período de adaptação. O italiano considera que o meia foi o principal jogador do Botafogo nas últimas partidas.
— Tucu está bem, está acabando o seu período de adaptação, está sendo o jogador mais importante do time nas últimas partidas. Foi uma das piores partidas que fizemos lá em Mirassol, hoje tivemos mais claridade, plano de jogo… O que mudou foi tudo. Tivemos outra ambição, qualidade, jogamos para ganhar do começo ao final — opinou após vitória sobre o Vasco.
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Botafogo de Correa enfrenta o Vitória
Quando marcou dois gols contra o Santos, Correa atuou como segundo atacante. Depois, na vitória contra o Vasco, jogou pela esquerda e teve a companhia do uruguaio Santi Rodríguez e do venezuelano Savarino na formação de trio de meias estrangeiros. Após a partida, a combinação foi elogiada pelo técnico Ancelotti.
— Jogaram bem e associaram bem os três (Santi, Savarino e Joaquín Correa). Quando tivemos que defender, eles se sacrificaram. Sabemos que temos que jogar assim sempre, ter continuidade. Foi um prazer ver o time jogar — afirmou.
Com todos os onze titulares à disposição, o italiano pode repetir a escalação contra o Vitória. As equipes se enfrentam no Barradão, em Salvador (BA), neste domingo (9), às 16h (de Brasília).
O time do clássico, que deve ser repetido na Bahia, teve: Léo Linck; Vitinho, David Ricardo, Barboza e Alex Telles; Marlon Freitas e Danilo; Santi Rodríguez, Savarino e Joaquín Correa; Arthur Cabral.
