Inglaterra cria mecanismo para ter mais treinadores negros no país

Thales Leites (FOTO: UFC)
Thales Leites (FOTO: UFC)

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Um encontro na última quinta-feira entre representantes dos 20 clubes do Campeonato Inglês aprovou uma mudança no futebol do país. Foi determinada uma espécie de "cota" para treinadores negros ou de outras minorias étnicas, além de mulheres. Depois de um estudo feito pela Football Against Racism in Europe (Fare, Futebol Contra o Racismo na Europa, em tradução literal) que apontou que apenas 19 dos 552 técnicos "top" da Inglaterra não são brancos, começou o debate.

Os 20 clubes foram unânimes. Dos 23 "aprendizes" do ano da Inglaterra, que estudam para conseguir a licença da Uefa, pelo menos três terão que ser negros ou de minorias, além de mais três mulheres. Trata-se de uma adaptação do "Rooney Rule" (Regra Rooney), que vem do futebol americano. Em 2002, ficou determinado que sempre que uma vaga está livre na NFL, os clubes são obrigados a entrevistar pelo menos um treinador que não seja branco.

- Esses números são preocupantes. Vai ser preciso um esforço de todos no futebol para obter a mudança radical que precisamos - disse Helen Grant, ministra do Esporte, Turismo e Igualdades da Inglaterra.

A questão ganhou um grande debate após a publicação do estudo da Fare, e depois do anúncio do ex-jogador Jimmy Floyd Hasselbaink como novo treinador do Burton Albion, da Quarta Divisão. Atualmente, apenas 3,4% dos técnicos na Inglaterra são de minorias. A ideia da Federação Inglesa (FA) é que esse número suba para 20% até 2020.

No Brasil, por exemplo, nas Séries A e B, apenas três técnicos são negros: Cristóvão Borges (Fluminense), Hemerson Maria (Joinville) e Vladimir de Jesus (Icasa). Na Copa do Mundo, foram só dois: Stephen Keshi (Nigéria) e James Appiah (Gana).

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