Barrios diz que recusou ofertas para ‘mudar a imagem de 2016’ no Verdão

Paraguaio diz que foi procurado por vários clubes, inclusive brasileiros, mas avisa que recusou por uma 'questão pessoal'. Ele agradece a confiança dada por Eduardo Baptista

Barrios comemora o gol que marcou no amistoso contra a Ponte Preta
Daniel Vorley/AGIF

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Lucas Barrios espera que o gol marcado no empate por 1 a 1 com a Ponte Preta, em amistoso disputado neste domingo, no Allianz Parque, represente um recomeço para ele no Palmeiras. O paraguaio diz que teve várias oportunidades de interromper sua trajetória no clube e mudar de ares no fim de ano, mas preferiu não fazê-lo.

- Eu não quis sair. Muitos times do Brasil me procuraram e fico muito agradecido, porque isso valoriza o que eu fiz em 2015 aqui no Palmeiras. Gosto muito do Brasil, me sinto bem. É algo pessoal que eu tenho, não quero deixar aqui a imagem que ficou em 2016, quando o treinador jogava em outro sistema, quando eu estava jogando e tive a má sorte de ir para a seleção e ter outro no lugar quando voltei. É algo pessoal. Eu quero ficar no Palmeiras - declarou o camisa 8.

Barrios chegou ao Palmeiras para o segundo semestre de 2015, marcou oito gols em 21 jogos e foi importante na conquista da Copa do Brasil. Em 2016, porém, o goleador sofreu com lesões musculares e não conseguiu convencer Cuca, que não gosta de seu estilo de jogo. Foram só quatro gols em 22 jogos, mesmo que ele tenha optado por não ir para a Copa América com o Paraguai para conseguir sequência no clube - ele já havia recusado uma convocação no ano anterior.

- Houve vezes em que senti que precisava ficar para ter uma sequência no Palmeiras. Se o treinador quiser usar outro não é um problema meu, mas eu sempre demonstrei comprometimento pelo Palmeiras e vou demonstrar sempre. Se você olhar os jogos que joguei no ano passado, sempre foram em momentos difíceis, nunca joguei com o time ganhando de 2 a 0, 3 a 0 ou 4 a 0. E eu nunca fui um cara problemático por não jogar. Sempre briguei por minha posição, mas da melhor maneira - disse.

A desconfiança da torcida aumentou quando o jogador foi cortado da viagem para o amistoso com a Chapecoense por uma sobrecarga muscular. Seus primeiros minutos contra a Ponte também não foram bons, já que ele perdeu duas ótimas oportunidades para marcar, uma delas praticamente embaixo da trave. Quando a bola finalmente entrou, Barrios fez o tradicional gesto de "sai, zica" para comemorar.

- Aqui vocês falam zica, eu digo que tirei a "mala suerte" (risos). Há muito tempo não jogava 45 minutos e consegui jogar. Estou contente de ter feito a pré-temporada completa. O treinador que chegou me dá confiança, falou que precisa de mim. Quando o treinador faz você se sentir importante, obviamente tentamos agarrar essa energia positiva - disse ele, que não compreende a impaciência de parte da torcida:

- Acho que o problema é o que falam do salário, coisas que eu acho que deveriam ser privadas. Acho que as pessoas têm de saber o que falam na imprensa, porque tenho família aqui, na Argentina. A torcida olha tudo o que se fala e pode ser por isso. Mas eles sabem o comprometimento que sempre tive pelo Palmeiras. Se eu quisesse, teria ficado na Europa, mas quis vir para o Palmeiras, que me procurou em 2009. É um time que nos últimos dois anos está ganhando tudo e a gente acredita no projeto - finalizou.

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