Ministro garante Perrella como secretário, mesmo com delações

Segundo a PF, dinheiro de Aécio passou pela conta de Gustavo Perrella

Ministro Picciani
Humberto Ohana

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O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, assegurou a permanência de Gustavo Perrella no cargo de secretário nacional do futebol, mesmo com o nome do deputado estadual mineiro, que é filho do senador Zezé Perrella, estar no meio das recentes delações e investigações da Polícia Federal.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, motivada pelos depoimentos de Joesley e Wesley Batista, donos da empresa JBS, dinheiro de propina paga a Aécio Neves foi parar, após ser recebido por Mendherson Souza Lima (cunhado de Zezé Perrella), na empresa Tapera Participações Empreendimentos Agropecuários, que pertence ao atual secretário de futebol.

Em meio ao terremoto que abala a política nacional, Picciani evita fazer pré-julgamentos.

- Esse caso surgiu recentemente. Todos nós ainda estamos tomando conhecimento do que existe e do que não existe dentro desse procedimento. Há um inquérito dentro do Supremo Tribunal Federal que apurará as responsabilidades. Cada um responderá pela sua. Não tenho conhecimento dos autos da investigação e nem me cabe fazer qualquer tipo de julgamentos. Cabe às autoridades que investigam chegar ao veredito. Eu não posso pré-julgar o secretário. Caberá a ele se defender, se for o caso - disse o ministro do Esporte, que emendou:

- Ele permanece.

Agentes da Polícia Federal, inclusive, estiveram nesta quinta-feira no escritório de Gustavo Perrella, em Belo Horizonte, cumprindo mandado de busca e apreensão.

A operação foi batizada de Patmos e prendeu a irmã de Aécio Neves, Andrea Neves, além do próprio Mendherson.

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