Após escapar da tragédia com a Chape, Rafael Lima tem ano de herói com gol e título pelo América-MG

Há exatamente um ano a Chapecoense entrava em campo pela última vez antes da tragédia que vitimou 71 pessoas na Colômbia. Contra o Palmeiras, a equipe atuou com a cabeça na partida de ida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, três dias depois. Mas à distância, o zagueiro Rafael Lima estava chateado por não poder participar do momento mais importante da história do clube que defendia há cinco anos.

- Estava chateado. Trabalhei bastante para estar lá, tinha me recuperado de uma lesão no (músculo) adutor da coxa esquerda. Mas o Caio (Júnior) tinha seis bons zagueiros no elenco e não optou por mim. Por isso estou vivo hoje - lembra o defensor ao LANCE!.

O ciclo na Chape chegou ao fim e Rafael assinou contrato de dois anos com o América-MG. Quis o destino que um ano depois ele fosse o capitão do Coelho na conquista da Série B com direto a marcar o gol do título na vitória sobre o CRB por 1 a 0.

- Só posso agradecer ao América pela oportunidade depois de toda a tristeza que passei. Perdi amigos, irmãos na tragédia causada por um ser humano. Ninguém colocava o América como favorito para subir, mas a gente sabia da capacidade. Ficamos marcados na história do clube porque nunca tinha subido depois de cair no ano anterior - diz Rafael, já projetando o reencontro com a Chapecoense no ano que vem, na Série A.

- Com certeza vai ser diferente. Vivi grandes momentos lá, mas a carreira do profissional segue. É fundamental manter o comando técnico (Enderson Moreira) e o Ricardo Drubsky (gerente). Nosso grupo tem jogadores experientes que já disputaram a Série A e quem chegar vai agregar também para formar o elo que tivemos nesta temporada - finaliza.

De férias e com a missão cumprida, Rafael recebeu convite para participar do jogo beneficente na Arena Condá dia 22 de dezembro, mas ainda não confirmou a presença no evento que contará com as presenças dos técnicos Tite e Fábio Carille.