Cafu faz lobby por Daniel Alves para capitão na Copa e diz que deseja virar dirigente: ‘Quem sabe, no São Paulo’

Capitão do penta conversou com o LANCE! no lançamento do álbum oficial da Copa

Cafu atualmente tem 47 anos. Relembre na galeria as quatro Copas do Mundo disputadas pelo ex-lateral-direito
(Foto: Vinícius Perazzini)

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Poucos jogadores e ex-jogadores podem falar de Copa do Mundo com tanta propriedade como Cafu. Aposentado desde 2010 e atualmente com 47 anos, o ex-lateral-direito é bicampeão mundial (1994 e 2002) e o único jogador da história a ter entrado em campo em três finais de Copa (1994, 1998 e 2002). Além disso, ele também é o brasileiro com mais jogos disputados em Copas (20), com mais vitórias (16) e mais Mundiais vividos (quatro, ao lado de Pelé, Ronaldo, Nilton Santos, Djalma Santos, Émerson Leão e Castilho). Na última segunda-feira, Cafu participou do lançamento do álbum oficial da Copa do Mundo e foi anunciado como embaixador da Panini. Após o evento, o capitão do penta conversou com o LANCE! e abriu o coração para falar sobre si e dar opiniões: inclusive, fez lobby por Daniel Alves para capitão da Seleção e revelou que vai estudar para ser dirigente - quem sabe, um dia, no São Paulo.

Vinícius Perazzini: Você está no álbum da Copa em uma figurinha que retrata os campeões em 2002. Como você se vê estando no álbum como uma lenda?
​Cafu: É uma experiência diferente. É sinal de que a idade chegou (risos). Mas é muito gratificante fazer parte da história do futebol. É uma alegria enorme.

Falando sobre 2002, em especial sobre o momento de levantar a taça: Você já tinha planejado fazer a homenagem ao Jardim Irene antes da final?
​Eu não tinha a mínima ideia do que aconteceria naquele dia, naquele momento. Foi tudo espontâneo, e talvez por isso tenha ficado tão bonito. Na hora da festa no gramado, vi o Betinho, nosso segurança, com uma caneta. Eu o chamei e falei: "Betinho, escreve aqui 100% Jardim Irene, porque eu acho que o pessoal do bairro vai gostar. Mas eu não tinha a mínima ideia do tamanho da repercussão que daria. (Nota da redação: O Jardim Irene é um bairro da zona sul de São Paulo, onde Cafu cresceu e deu seus primeiros passos no futebol).

A Era Tite na Seleção tem como uma das características o rodízio de capitães. Para você, quem deveria ser o capitão na Copa do Mundo?
A gente tem grandes jogadores, que tem plenas condições de ocupar o posto. Mas eu acho que, se você seguir a história dos capitães... Carlos Alberto Torres, Cafu, de repente Daniel Alves, quem sabe a gente não consegue aí dar mais uma alegria ao nosso povo.

Então o caminho está pela lateral?
O caminho está pela lateral sempre (risos).

Você tem conversado com Tite?
Vou muito na CBF, batemos bastante papo. Mas o Tite já está experiente o suficiente para saber aquilo que ele precisa levar para a Seleção Brasileira.

Vai para a Rússia?
​Com certeza estaremos lá. Já temos quatro, cinco eventos já marcados lá. E vou aproveitar para ver os jogos.

Você espera que a Seleção consiga conquistar o título?
​Todo mundo espera o título, porque é a Seleção Brasileira. A gente espera que o Brasil possa fazer uma grande Copa, se Deus quiser, e conquistar o título.

Quem pode bater de frente com a Seleção?
​Tem grandes seleções que podem bater de frente com a Seleção. As seleções de tradição são sempre perigosas em uma Copa, é preciso estar sempre atento.

O que é preciso fazer para ganhar a Copa?
​Ganhar os jogos (risos). Sério... Ganhar os jogos. Não tem uma fórmula definida. Concentrado todo mundo está. Quando você vai para a Copa, vai concentrado. Não existe falar: "O que eles têm que fazer para ganhar uma Copa do Mundo?". É fazer aquilo que classificou a Seleção nas Eliminatórias.

Você parou de jogar em julho de 2010. Passados quase oito anos da aposentadoria, você se sente realizado também fora dos gramados?
​Tenho trabalhado bastante, me sinto muito realizado sim. Tenho meus eventos, meus patrocinadores. Sou embaixador da UEFA, da FIFA, trabalho no COL (Comitê Organizador Local) da Copa América-2019,  tenho minha fundação atendendo 900 crianças e agora sou embaixador da Panini. E também tenho um neto e uma neta, que fazem parte dos meus dias e dão muitas alegrias.

Em qual cidade você está morando atualmente?
Sigo morando em São Paulo. Sou nascido em São Paulo (na cidade de Itaquaquecetuba) e não saio do Brasil por nada.

Você pensa em virar técnico ou dirigente?
Dirigente sim. Vou começar a fazer alguns cursos e penso em ser diretor esportivo futuramente.

Dirigente no São Paulo?
Quem sabe, no São Paulo...

Você tem muitos amigos lá...
Bastante. Com a chegada do Ricardo Rocha e do Raí, fica mais fácil.

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