Todos Esportes

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Volta de Eurico à Colina tem torcida dividida, gritos de casaca e medalhas

Escrito por

Eurico Miranda ficou seis anos e meio sem assistir aos jogos do Vasco pela sala da presidência de São Januário, que fica situada ao lado da cadeira social e tem boa vista para o campo. Na noite da última quinta-feira, ele retornou ao local após voltar ao comando do clube no fim do ano passado. Do alto, assistiu à vitória sobre o Madureira, por 2 a 0. Um bom resultado, mas com um futebol que não empolgou tanto como a estreia, domingo, diante da Cabofriense.

Neste primeiro jogo de São Januário após a volta de Eurico, algumas mudanças foram percebidas. Além das que já eram esperadas (dimensão do gramado voltar a ser 110x75 metros, novo sistema de som e expansão da cadeira social), agora há um controle mais forte sobre a entrada e saída das pessoas no estádio, sobretudo da imprensa, que tem que ser previamente credenciada e precisa passar por diversas barreiras para chegar ao local destinado.

Antes de a bola rolar, Eurico foi ao gramado para colocar medalhas de ouro nos meninos do sub-9 do Vasco que venceram o estadual de futsal da categoria no fim do ano passado. A meninada do sub-8,que disputou a Talents Cup, também foi prestigiada pelo presidente. Quando voltou para a social, Eurico foi assediado por alguns torcedores, mas com forte aparato de segurança, teve caminho aberto para voltar à sala da presidência.

Enquanto distribuia as medalhas aos garotos, no intervalo entre o jogo dos juniores e o do profissional, o filho de Eurico, Eurico Brandão, o "Euriquinho", batia bola com os filhos atrás do gol que fica próximo aos vestiários de São Januário. Quando a garotada deu a volta olímpica, a torcida ensaiou o coro de "Casaca", que já havia sido cantado por diversas vezes do lado de fora do estádio, na concentração da torcida em bares. O tradicional coro também foi entoado no fim do jogo.

Os torcedores que foram a São Januário, aliás, puderam perceber que a divisão entre a principal torcida organizada do clube continua. Um cordão de isolamento da polícia militar separa a parte que se posiciona no tradicional local da arquibancada (de quina para o campo) e a dissidência que deseja tomar o poder, que agora fica encostada na social. Durante o jogo, sobretudo no intervalo, os dois grupos trocaram provocações.

Na parte "comum" da torcida, principalmente os que ficam na cadeira social, deu para perceber uma certa insatisfação com a atuação do time no fim do primeiro tempo, tanto que chegaram a ensaiar um coro de vaias e xingamentos à equipe que, naquela hora, levava um esboço de sufoco do Madureira.

Acabou que o Vasco venceu e se manteve com 100% de aproveitamento no Campeonato Carioca. Mas Eurico Miranda tão cedo não foi embora do estádio. Apesar de o apito final ter sido dado por volta das 23h, ele continuava na sala da presidência até 1h. Era o único foco de luz em um estádio que já dormia no escuro.